O jogador brasileiro Daniel Alves aguarda, em uma prisão em Barcelona, o anúncio da sentença
 -  (crédito: David Zorrakino/AFP)

O jogador brasileiro Daniel Alves aguarda, em uma prisão em Barcelona, o anúncio da sentença

crédito: David Zorrakino/AFP

O ex-companheiro de cela de Daniel Alves declarou que o ex-jogador, que foi a julgamento acusado de estupro em Barcelona, planejava uma fuga, caso fosse posto em liberdade sob pagamento de fiança. Segundo o outro detento, Alves planejava fugir para o Brasil, que não extradita seus cidadãos, e levar uma vida normal, como está levando Robinho – condenado a nove anos de prisão por estupro na Itália e que curte a vida em Santos e Guarujá, jogando futevôlei e praticando outros esportes, livre, leve e solto.

Em Barcelona a condenação de Daniel Alves é dada como líquida e certa. O MP pediu nove anos de prisão, enquanto a promotoria pediu 12 anos, a pena máxima. Por mais que ele possa cumprir dois terços da pena e sair em liberdade condicional, ficaria, pelo menos, seis anos na jaula, que é o lugar onde devem ficar os estupradores. Eu sou a favor da pena de morte e prisão perpétua nesses casos, em homicídios e tráfico de drogas.

Os jogadores brasileiros acham que podem tudo, que estão acima do bem e do mal. Tivesse esse caso acontecido no Brasil, com certeza culpariam a moça e Daniel Alves estaria livre. Mas, foi num país sério, com leis severas para celebridades, milionários, pobres, pretos, brancos, asiáticos, enfim, país onde a lei é para todos.

Volta e meia um jogador brasileiro vira manchete por espancar mulheres, noivas e namoradas. Recentemente, na Itália, o ex-jogador Giovanni Padovani foi condenado a prisão perpétua por ter matado sua noiva, Alessandra Matteuzi, em 2022. Ele usou um taco de beisebol, banco de ferro e martelo, com requintes de uma crueldade sem fim. Aos 27 anos, nunca mais sairá da jaula. Ele acabou com a vida da moça, mas sofrerá na cadeia até o último dia de sua vida.

No Brasil, os irmãos Cravinhos e Suzane Richthofen já estão na rua. Mataram os pais de Suzane, cumpriram pena pequena e já estão de volta à sociedade. O pai de Isabella Nardoni, Alexandre Nardoni e sua parceira no crime, também estão na rua. Uma vergonha o que acontece no Brasil, com leis frouxas que colocam na rua assassinos cruéis.

É preciso termos leis mais duras, penas severas, para inibir a ação desses canalhas. Daniel Alves sempre foi um cara asqueroso, metido, que se achava. Pensou que seu nome e sua fama pesariam a seu favor na Espanha e se deu mal. Vai pegar uma cadeia braba, para servir de exemplo. Lugar de estuprador é na jaula, de preferência, para nunca mais sair.

O atacante Anthony, do Manchester United, é acusado pela namorada de espancá-la. O processo contra ele está correndo no Brasil e na Inglaterra. Já vimos vários casos de atletas que agridem as esposas, namoradas e noivas e que não deram em nada no Brasil. Chega, basta! Cadeia nesses canalhas!

Tudo isso nos envergonha e mostra que os valores morais dos jogadores brasileiros não existem. Eu sempre digo que berço e educação, não se compra nem com a maior fortuna do mundo. Jogadores são acostumados a ter bajuladores fazendo tudo para eles, lambendo seus pés. Vejam Neymar. Tem um bando de asseclas sob seu comando, sanguessugas que se vendem por uma passagem em classe econômica, só para atender ao “rei”.

Os caras saem de um ambiente hostil, onde o pai bate na mãe e não há comprometimento de família, e acham que por terem conseguido dinheiro com o futebol, por serem famosos, podem tudo. Saem de zero a 100 mais rapidamente que uma Ferrari, mas não têm estrutura para assimilar a conquista financeira.

Na volta da Copa do Mundo de 2002, a mãe de um jogador reclamou que estava voando em classe econômica e que não estava acostumada com isso. O voo era fretado e nós, jornalistas e familiares, viemos todos na econômica, pois, lá na frente, somente comissão técnica, dirigentes e jogadores. Vários jogadores foram lá atrás, conosco, bebendo e jogando cartas. Logo aquela senhora, acostumada a pegar o trem para ir e voltar do trabalho. O sucesso e o dinheiro do filho, subiram à cabeça dela.

Por isso digo todos os dias: felizes somos nós que tivemos berço, educação de qualidade e valores de família. Nenhum dinheiro no mundo vai comprar isso. Que Daniel Alves, caso seja condenado, cumpra sua pena integralmente. Lugar de estuprador é na cadeia. E que Robinho seja preso pela Justiça brasileira. Ninguém suporta mais vê-lo brincando e sorrindo, enquanto a moça que foi estuprada vai carregar esse trauma para o resto da vida.

BUIÃO

Bati um papo com meu amigo Buião, ex-jogador do Galo e Flamengo, que foi um dos grandes do nosso futebol. Ele, como eu, enxerga a decadência do futebol brasileiro e não vê um projeto a curto prazo que possa mudar o nosso curso. Buião jogava muita bola, se estivesse na ativa, hoje, com certeza, ganharia salário de alto nível. Seu sobrinho Paulo César, a quem chamo carinhosamente de “Buiãozinho”, trabalha na Azul Linhas Aéreas, em Confins, e sempre nos atende nos voos para os Estados Unidos. A ambos, meu abraço e meu carinho. E a toda a equipe da Azul, o meu muito obrigado. Aeronaves novas, serviço impecável, atendimento de alta qualidade. Eu e minha família só voamos Azul Linhas Aéreas.