Mercado Central é tradicional ponto de vendas para o Natal em BH -  (crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Mercado Central é tradicional ponto de vendas para o Natal em BH

crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press

Tenho pena de pessoas como eu, que sofrem de diabetes e querem se alimentar corretamente. Os produtos que não contêm açúcar não só são mais caros como mais raros. Deve ter alguma razão para que o comércio normal – mercearias e supermercados – não faça estoques dessas mercadorias. Aprendi há algum tempo a comprar pela internet, mas tenho de esperar quem tem celular para fazer as encomendas.

 

 

Produtos mais simples e necessários sem açúcar não existem praticamente em lugar nenhum. Mas uma de minhas sobrinhas que frequenta o Mercado Central me contou que lá existe um ponto de venda desses produtos especiais. E não só me contou como me levou ao local, que eu não conhecia.

 

Encontrei lá duas raridades que são joias raras no comércio regular. O adoçante Tal e Qual, que é vendido em embalagens de plástico. A primeira vez que vi foi na Boníssima. Depois, desapareceu e nunca achei em lugar nenhum. Até voltar a encontrá-lo nesta loja do Mercado. Queria comprar várias embalagens, mas só consegui duas.

 

 

Outro desaparecido constante – que de vez em quando compro pela internet – é o leite condensado diet, cuja latinha está custando R$ 31. Isso, quando é milagrosamente encontrada. Encontrei também no Mercado Central – mas não tinha dúzia, só 11 embalagens, que já levei pensando que a ceia de Natal vem aí. Queria mais, mas não achei em lugar nenhum...

 

Em compensação, encontrei queijo holandês, em lugar de parmesão nacional, por mais de R$ 1 mil a peça de menos de 5kg.

 

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Confesso que há muito tempo não vou ao Mercado Central. Queria aproveitar para comprar camarão ao natural, porque os outros parecem grandes, mas, descongelados, tornam-se médios, pois são “crescidos” diretamente por vários congelamentos.

 

Por erro de direção e canseira, não encontrei nenhuma daquelas peixarias onde ia sempre, inclusive para comprar peixes inteiros que assava na churrasqueira, uma delícia e tanto. Encontrei dois mínimos vendedores de peixes, pequenos e péssimos. Um deles, numa banca comum, tinha uns camarões médios cobertos por pedras de gelo – não sei como a Vigilância deixa isso acontecer.

 

Outra coisa que gostava bem de comprar no Mercado Central eram hortênsias secas, mas as únicas lojas de flores que vi tinham mais galhos verdes do que outra coisa. Seco e bonito não vi nada. Outra coisa que procurei e comprava sempre por lá era a peça inteira de presunto. A única coisa que encontrei foi o produto espanhol, para vender fatiado. Inteira, a peça pequena ia além de R$ 1 mil.

 

Outra coisa que vi foi o preço do alho, que está para mais de R$ 40 o quilo. Achei um espanto, e nem por isso o alho era daqueles graúdos que existem nos Estados Unidos. Em Nova York, é uma delícia comer alho assado, a “cabeça” é grande, ele tiram a tampa, colocam sal e deixam cozinhando em micro-ondas. Tira-gosto de primeira, impossível conseguir por aqui, onde o alho está com o preço aumentando e as cabeças continuam pequenas.

 

Castanha portuguesa também não consegui, a dona de uma banca me informou que não adiantava procurar em outro lugar, porque o fornecedor é o mesmo. E só vai entregar na próxima semana, porque o produto é importado. Em compensação, a manga-ubá estava lotando as bancas – e com bom preço. Não comprei porque recebi duas cestas repletas e deliciosas da fazenda de uma amiga.

 

Outra curiosidade: o Mercado Central estava bem cheio, o que é raro acontecer numa segunda-feira.