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A relação entre o governador Romeu Zema (Novo) e uma boa parte dos parlamentares federais anda abalada, conforme já mostrou esta coluna. No entanto, os deputados Zé Silva (Solidariedade-MG) e Eros Biondini (PL-MG) contestam a ideia de que o clima com Zema esteja frio e dizem que a falta de diálogo reclamada por uma parcela dos colegas de parlamento não é tão grave assim. Isso porque o governador tem conseguido articular com parlamentares específicos, em sua maioria aqueles que já tinham relação com o secretário da Casa Civil, Marcelo Aro. Para a maioria da base, contudo, a avaliação é de que Zema precisa criar espaços, mudar seu jeito de fazer política, conversar mais, se quiser estabelecer um bom relacionamento com os mineiros na capital federal.


Dois outros deputados afirmam que o governador pode estar sendo mal avaliado devido à sua teimosia em não procurar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para uma conversa sobre os problemas de Minas. Lula já expressou disposição para se reunir com o governador, mas o mineiro tem relutado em se encontrar com o petista devido a diferenças ideológicas. Essa postura, na visão dos parlamentares, influencia nas negociações de emendas e propostas discutidas na Câmara dos Deputados e no Senado.
Alguns acreditam que Zema evita conversar com Lula porque almeja voos mais altos. No entanto, se não conseguir estabelecer relações sólidas em Brasília, avaliam esses parlamentares, o governador terá dificuldades em construir um caminho até o Planalto.

 

CPMI em debate

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro, visitou a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), ontem, para apresentar o relatório final do colegiado que pediu o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 60 pessoas. A iniciativa proposta pelo deputado federal Rogério Correia (PT-MG) consiste em visitar as casas Legislativas do Brasil para apresentar e debater o documento. “Entendemos que a defesa do processo democrático é uma defesa que tem que ser continuada. Ela não tem que acontecer em apenas algum momento da história, ser vigilante é o nosso maior desafio”, disse a parlamentar. (Bruno Nogueira)

 

Pacheco em 2026

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não descarta uma possível candidatura ao governo de Minas Gerais. Porém, quando foi questionado na última quinta-feira sobre as eleições em 2026, o senador sorriu e declarou: “Neste momento, não é algo que passa pela cabeça". (AM)

 

Lula em BH

Enquanto alguns deputados afirmam que o presidente Lula está ansioso para visitar Belo Horizonte, a oposição argumenta que o presidente não vem porque teme a possível rejeição dos eleitores na cidade. Desde que foi empossado, em 1º de janeiro, Lula não veio a Minas Gerais. Na análise de alguns parlamentares em Brasília, o chefe do Executivo federal deveria priorizar uma visita ao estado, que enfrenta desafios relacionados ao endividamento de
mais de R$ 160 bilhões. (AM)

 

'Condições draconiana'

O deputado federal Aécio Neves (PSDB) criticou ontem o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que está sendo tratado entre o governador Romeu Zema e o governo federal, com o objetivo de renegociar as dívidas do estado com a União. “Eu quero fazer um registro de algo que preocupa muito: a adesão a esse Regime de Recuperação Fiscal é extremamente preocupante. As condições draconianas que o governo do PT está apresentando ao governo do estado – que para surpresa minha vêm sendo aceitas – lesam definitivamente o estado de Minas Gerais”, afirmou o deputado na convenção
do PSDB. (Ígor Passarini)

Codemig

Aécio também condenou a tentativa do governo Zema de federalizar a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig) como forma de pagamento antecipado de parte da dívida de R$ 160 bilhões de Minas Gerais com a União. “Pensar em transferir a Codemig e o nióbio – que é uma riqueza extraordinária que só Minas Gerais tem no Brasil – para a União, significa Minas abdicar pelas próximas décadas de investimentos fundamentais na infraestrutura, na área social e na educação. Portanto, é preciso que a Assembleia esteja atenta”, declarou. (IP)

PMs e bombeiros com Lei Orgânica

O Senado aprovou o projeto da Lei Orgânica das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares (PL 3045/2022), que estabelece os deveres e direitos das corporações. Após mais de 20 anos de tramitação, o texto garante benefícios como prisão especial, seguro e assistências médica e jurídica para os profissionais. Além disso, a proposta aprovada também impõe restrições, como a proibição da participação em manifestações políticas ou reivindicatórias, mesmo fora do horário de serviço, e a filiação partidária. Para o deputado Pedro Aihara (Patriota-MG), o texto representa um compromisso com a segurança pública. "Não estamos apenas reconhecendo a bravura e dedicação dos nossos militares estaduais, mas também estamos estabelecendo um marco que reforça nosso apoio a eles." (AM)