Raiva -  (crédito: Ilustração)

Raiva

crédito: Ilustração

Não é só na Assembleia Legislativa que há uma insatisfação com a forma de fazer política do governador Romeu Zema (Novo). Em Brasília, parlamentares federais também reclamam da falta de diálogo com o governador. O que tem desagradado ainda mais os deputados é a delegação das articulações políticas para o secretário da Casa Civil, Marcelo Aro. Embora reconheçam que Aro tenha habilidade para ser o interlocutor do governo mineiro, os parlamentares querem entender até que ponto o secretário será o "mensageiro" de Zema? Não foi à toa que ficou decidido que os recursos provenientes de emendas parlamentares para ministérios e órgãos federais serão repassados diretamente para prefeituras e entidades estaduais.

A ausência de diálogo com o governador é tão significativa que alguns classificam Zema como "ingrato", afirmando que ele "não reconhece os méritos" do parlamento, "não cumpre acordos" e, ao alocar recursos em municípios, acaba negligenciando os autores das emendas e atrasando o progresso das obras. Para alguns membros do Congresso, sem uma atuação política mais efetiva, Zema terá dificuldades em alçar voos mais altos na política e deixará o legado bolsonarista nas mãos do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos).

Marketeiro cobiçado

O marketeiro mineiro Zuza Nacif, um dos mais vitoriosos dos últimos anos e que coordenou a campanha vitoriosa de Lula em Minas no ano passado, está em negociações com um grupo político em São Paulo para iniciar trabalhos de uma campanha presidencial. Pelo visto, 2026 já está logo ali para quem é disputado.

Combate à violência

Reunião ontem no Tribunal de Contas do Estado, conduzida pelo conselheiro Agostinho Patrus, discutiu o realinhamento do plano de ação e das metas de combate à violência contra a mulher no estado. Patrus é relator da Auditoria Operacional do TCE-MG que monitorou as políticas públicas de enfrentamento à violência doméstica em Minas. A reunião no TCE-MG (foto) contou com a presença da Defensora Pública-Geral, Raquel Costa Dias, da desembargadora Evangelina Castilho, que também é Superintendente da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), além dos representantes das Secretarias de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), e das Polícias Militar e Civil, instituições responsáveis pelo atendimento às vítimas.

Enfrentamento

Para Agostinho Patrus, é inaceitável que Minas figure no topo da lista dos estados onde mais mulheres são assassinadas. “Uma escalada de todos os tipos de violência contra as mulheres. Este é o cenário que temos hoje em nosso estado. Minas Gerais, que foi pioneira nos movimentos feministas, no final da década de 70, tem ficado para trás quando o assunto é proteção. Não podemos mais figurar no topo do ranking nacional de feminicídios. Precisamos somar esforços nesse enfrentamento e agir com urgência”, disse o conselheiro.

Novas ambulâncias

Minas Gerais recebeu 47 novas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Em cerimônia realizada ontem na área do Aeroporto Carlos Prates, integrantes do Ministério da Saúde formalizaram a entrega dos veículos. Segundo a pasta, o investimento gira em torno de R$ 13,5 milhões e os novos equipamentos beneficiarão 47 municípios mineiros. Do total, 11 são ambulâncias de suporte básico (USB) e outras 36 destinadas à renovação da frota. O estado atualmente conta com 325 veículos do tipo e recebe R$ 12,9 milhões mensais para a manutenção do serviço do SAMU.
 

Gabinetes despoluídos

Os gabinetes da Câmara dos Deputados agora apresentam um visual mais limpo. Foi acertado entre os parlamentares a remoção de pôsteres, fotos e imagens promocionais das portas dos gabinetes. De acordo com os secretários, essa decisão foi tomada visando reduzir a "poluição visual" do ambiente, que anteriormente era dominado por fotos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ameaçados por Barragens

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), confirmou ontem que o Projeto de Lei 2.788/2019, que cria a Política Nacional de Direitos das Populações Atingidas por Barragens (Pnab) será votado na terça-feira. O projeto elenca os direitos das populações que residem próximo a barragens de rejeitos de mineração e de acumulação de água para hidrelétricas. Aprovada na Câmara dos Deputados, a proposta inclui compensações e reparações aos atingidos por barragens em caso de acidentes ou impactos resultantes da construção de empreendimentos, abrangendo a perda ou deterioração de bens ou imóveis, bem como a perda de fontes de renda ou meios de subsistência. Pacheco destacou a relevância do projeto e disse que ele e os outros senadores acreditam que sua aprovação no Senado ocorrerá sem dificuldades.

Integrantes da CPMI em BH

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) recebe hoje integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) e os senadores Randolfe Rodrigues (sem partido/AP), líder de governo no Senado, e Eliziane Gama (PSD-MA) (foto), relatora da investigação, estarão na Comissão de Direitos Humanos da casa mineira para falar sobre o saldo final dos trabalhos do grupo que se debruçou sobre as origens e culpados pelos atentados golpistas na capital federal no início deste ano. A presença dos parlamentares em BH acontece após pedido de membros da bancada de oposição ao governador Romeu Zema (Novo) na Assembleia. Assinam o requerimento os deputados Beatriz Cerqueira (PT), Bella Gonçalves (Psol), Macaé Evaristo (PT), Ana Paula Siqueira (Rede), Andreia de Jesus (PT), Leninha (PT), Betão (PT), Cristiano Silveira (PT), Doutor Jean Freire (PT) e Leleco Pimentel (PT).