"Molécula da felicidade" pode ter sido encontrada em asteroide
Princípio de descoberta foi feita por meio da missão da Nasa batizada como OSIRIS-REx
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Uma missão realizada pela Nasa batizada como OSIRIS-REx pode ter encontrado no asteroide conhecido como Bennu indícios de um nutriente crucial para produzir os neurotransmissores da serotonina, conhecido como o hormônio da felicidade.
De acordo com informações do Science Alert, um portal americano independente especializado em notícias científicas, em publicação feita nesta terça-feira (2/12), o nutriente encontrado durante pesquisas feitas em conjunto pela própria Nasa e a Universidade do Arizona, nos EUA, é o triptofano.
Trata-se de um aminoácido essencial não produzido pelo corpo. É obtido por meio da alimentação ou suplementação e reconhecido como precursor da serotonina. Além de hormônio da felicidade, regula o humor e o bem-estar. É também precursor da melatonina, encarregada de auxiliar no sono.
O triptofano é um dos nove aminoácidos essenciais não produzidos pelo corpo humano de forma independente. Caso a descoberta seja, de fato, confirmada, seria a primeira na história feita em uma amostra extraterrestre. A possível descoberta dá fôlego à teoria de que rochas no espaço trouxeram à Terra muitos dos ingredientes necessários para a criação da vida no planeta. Sugere, também, que a humanidade tenha subestimado o impacto desta questão.
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"Nossos achados expandem as evidências de que moléculas orgânicas probióticas podem se formar em corpos planetários via acreção (acumulação de matéria na superfície de um astro). Assim, contribuindo para que as moléculas chegassem à Terra por meio do impacto entre o planeta e esses corpos, o que contribuiria para a formação da vida na casa da humanidade ainda durante o início dos tempos", relata o geoquímico e líder da equipe de pesquisa do Centro Espacial Goddard, da Nasa, Angel Mojarro.
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Agora, Mojarro e a equipe fazem uma análise ainda mais minuciosa do material coletado do Bennu, com foco nos aminoácidos e nas bases nitrogenadas, para entender, com mais precisão, o funcionamento da química probiótica extraterrestre e suas origens. O asteroide é, de acordo com o portal, tão antigo quanto o Sistema Solar.