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Estado de Minas NO POSTO

Oito dicas para reduzir o consumo de combustível em tempos de preços altos

Da maneira de dirigir à manutenção preventiva do veículo, existem vários detalhes que devem ser observados para reduzir os gastos no abastecimento


28/08/2021 04:00 - atualizado 27/08/2021 22:30

Vicente Guimarães, da Alinha Rodas, destaca a necessidade da manutenção de itens como os filtros de ar para reduzir o consumo(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Vicente Guimarães, da Alinha Rodas, destaca a necessidade da manutenção de itens como os filtros de ar para reduzir o consumo (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


Um levantamento do site Mercado Mineiro, realizado entre os dias 5 e 22 deste mês, revelam que os preços dos combustíveis em Belo Horizonte e na Região Metropolitana estão batendo recorde. Custando em média R$ 6,10, o maior valor registrado para a gasolina foi de R$ 6,499 o litro. No caso do etanol, o preço médio foi de R$ 4,576, enquanto o valor mais alto registrado foi de R$ 4,899 o litro. Com valores tão altos, além de procurar pelo melhor preço, também é importante mudar alguns hábito para gastar menos combustível.
 
As dicas para economizar combustível podem ser divididas em duas categorias. A primeira passa por uma mudança de hábito na forma de dirigir o veículo, abandonando os vícios e os maus hábitos ao volante. A segunda forma de poupar é manter a manutenção do veículo em dia, com procedimentos que você mesmo pode fazer, aliados aos cuidados de uma boa oficina mecânica.

PÉ LEVE Começando pelos bons hábitos ao volante, note se está dirigindo com rotações demasiadamente elevadas, ou seja, pisando fundo no acelerador. Assim, procure trocar as marchas mantendo sempre o ponteiro do conta-giros em uma faixa econômica de rotações do motor, algo entre 2000rpm e 3000rpm, dependendo do veículo.

ARRANCADA Outra prática comum no trânsito urbano é, logo que se abre o semáforo, acelerar bruscamente o veículo, para logo adiante parar novamente. Para obter um consumo mais baixo, busque ganhar desempenho gradualmente, já que o trânsito da cidade é mesmo lento, e, com sorte, na hora que se aproximar, o próximo sinal pode já estar aberto.

NA BANGUELA Vício antigo, mas ainda observado, é deixar o carro na chamada “banguela”, com o câmbio em ponto morto. Se isso trazia pequeno alívio de consumo nos carros “velhinhos”, nos modelos que trazem injeção eletrônica (ou seja, em todos lançados nos últimos 20 anos) esta prática acaba elevando o gasto de combustível. Isso porque, nos modelos novos, em certas situações, como uma descida, a injeção de combustível na câmara chega a ser cortada, já que o veículo está embalado. Na mesma situação, mas optando por deixar o câmbio em ponto morto, a gestão do câmbio vai entender que o veículo está parado e vai “queimar” combustível.

SE PLANEJE Planejar com cuidado o seu itinerário também pode fazer a diferença. É que, ao ligar um aplicativo de navegação ou GPS, muitas vezes a configuração usada pode mostrar a rota mais curta. Porém, este pode ser justamente o caminho onde o trânsito está mais congestionado. Assim, considere também o menor tempo de deslocamento, já que uma viagem mais longa, porém mais livre, pode te dar condição de ter um consumo mais baixo.

COM OU SEM AR? Tente também racionalizar o uso do ar-condicionado. Se a temperatura estiver agradável e seu trajeto for seguro, abra as janelas para se refrescar. Agora, se estiver muito quente, apenas a mudança de hábito de regular o ar-condicionado para uma temperatura acima da mínima, lá pelos 23 graus, já vai melhorar o consumo. Já na estrada, onde a velocidade média costuma ser elevada, vale mais a pena ligar o ar-condicionado (mantendo os vidros fechados) do que abrir as janelas, condição que eleva a resistência do ar, resultando em maior consumo.

PESO MORTO Faça uma “faxina” no habitáculo e no porta-malas para eliminar toda a sorte de peso morto. Não seja um acumulador, aqueles que guardam peças velhas, assentos infantis que não são mais usados, roupas e calçados dentro do compartimento de bagagem.

CALIBRAGEM Outra coisa que o próprio motorista pode fazer é manter a pressão correta dos pneus. Ao rodar com eles vazios, a resistência à rolagem aumenta, assim como o consumo de combustível. “É muito comum aqui na oficina, ao fazer o alinhamento de um carro, é ver que a pressão do pneu está em 22 libras, enquanto o indicado são 31 libras”, relata Vicente Guimarães, proprietário da oficina Alinha Rodas, em Belo Horizonte.

MANUTENÇÃO Além da calibragem, Vicente lista o que deve ser verificado no veículo para otimizar o consumo de combustível. O topo da lista é o estado do filtro de ar, já que o componente sujo vai reduzir o fluxo de ar na câmara de combustão, o que acaba elevando o consumo.
 
Nesta levada, também é importante manter o sistema de ignição em dia, já que qualquer anomalia em componentes como as velas, cabos de vela e bobina comprometem a queima adequada da mistura ar/combustível. Da mesma forma, o estado do sistema de injeção deve ser verificado, já que o corpo de borboleta e bicos injetores sujos também comprometem o consumo de combustível.
 
A troca de óleo do motor, assim como o filtro de óleo, é primordial para manter baixo o atrito das peças móveis do motor, que tem ligação com o gasto de combustível e também como desgaste do motor. O alinhamento da suspensão e direção também deve ser verificado, evitando a resistência à rolagem, fazendo com que as rodas girem lives, sem “arrastar”. Também é interessante dizer que a manutenção preventiva do veículo pode te livrar de um orçamento assustador, caso haja a necessidade de fazer algum reparo.
 
O proprietário da Alinha Rodas ainda calculou um orçamento médio para uma revisão básica desses itens, baseado em um modelo popular, como um Volkswagen Gol, que ficaria em R$ 642: o alinhamento e balanceamento custam R$ 125; a trocas dos filtros de ar, de óleo e de combustível custa em média R$ 35 cada; já a troca do óleo do motor fica em R$ 152; a limpeza do corpo de borboleta custa R$ 75, enquanto a limpeza do bico injetor, junto aos reparos, custa R$ 185.
 
 

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