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Estado de Minas TOYOTA COROLLA XEI 2.0 CVT

Cansei de não ser sexy

Testamos a versão mais cobiçada do sedã, responsável por mais da metade das vendas.Modelo apresenta evolução não só no aspecto visual, mas sobretudo na dirigibilidade


postado em 07/12/2019 04:00 / atualizado em 09/12/2019 15:21

(foto: Toyota/divulgação)
(foto: Toyota/divulgação)


Quem diria que ainda veríamos rodando pelas ruas um Toyota Corolla realmente sexy? Pois foi esta impressão mais nítida que tivemos quando o modelo chegou à redação "trajando" um exuberante vermelho granada, que realça as linhas joviais desta 12ª geração. O capô musculoso, uma ampla grade inferior e para-choques recortados agora torcem pescoços, seguidos por uma linha de teto arqueada, traseira mais baixa e um elegante conjunto óptico. As rodas de 17 polegadas calçam pneus de perfil baixo. A “esportividade” foi levada tão a sério, que é preciso tomar cuidado para não raspar o para-choque do veículo em rampas de garagem.
 
(foto: Toyota/divulgação)
(foto: Toyota/divulgação)
 
 
Muitos acharam que o Corolla 2020 ficou mais curto, mas, na verdade, o sedã ganhou um centímetro no comprimento, meio na largura e perdeu dois centímetros na altura. A distância entre-eixos e o volume do porta-malas permaneceram os mesmos. Testamos a versão intermediária XEi, que atualmente responde por 55% das vendas. Não é o caso da unidade testada, mas vale lembrar que esta geração marcou a estreia da motorização híbrida, o que deve agregar um novo perfil de compradores do modelo, que historicamente é mais conservador.
 
(foto: Toyota/divulgação)
(foto: Toyota/divulgação)
 

RODANDO Apesar de manter a capacidade volumétrica, o novo motor 2.0 Dynamic Force leva ampla vantagem em relação ao anterior, com ganhos em torque e potência. Aliado ao câmbio automático CVT de 10 marchas virtuais – cuja primeira velocidade traz engrenagem mecânica para eliminar a patinação, comum nas polias –, o sedã demonstra bom fôlego em baixas rotações e capacidade para ganhar velocidade rapidamente. A troca de marchas manual por aletas combina com o novo vigor do modelo, que ficou mais divertido para quem gosta de acelerar. Se quiser chegar lá mais rápido, o câmbio conta com modo esportivo.
 
Porém, mesmo com o propulsor simulando o ciclo Atkinson, que em tese reduz o consumo de combustível, os números obtidos durante o teste foram bastante desfavoráveis. As suspensões, que na traseira agora trazem um surpreendente double-wishbone, ficaram um pouco mais rígidas, podendo causar estranhamento ao cliente mais tradicional, mas são um convite para explorar mais a capacidade do veículo nas curvas. A direção tem assistência elétrica progressiva, sempre com o peso adequado.
 
(foto: Toyota/divulgação)
(foto: Toyota/divulgação)
 

DENTRO No interior, o tradicional relógio digital foi retirado do painel. As horas agora podem ser conferidas na tela flutuante de oito polegadas do sistema multimídia, que tem melhor visibilidade. O painel e as portas trazem apliques em couro e plástico de toque macio. Os bancos também são revestidos em couro, e os tapetes são acarpetados. O banco traseiro oferece conforto para duas pessoas, principalmente porque o túnel do assoalho não acomoda bem os pés do passageiro central. Esses passageiros também não contam com climatização e nem tomada USB para recarregar o smartphone. Mesmo abrigando o estepe, o porta-malas tem bom espaço e conta com iluminação, mas fica devendo um acabamento mais caprichado, já que falta revestimento em carpete na parte superior.

CONCORRENTES No conteúdo, a versão intermediária do Corolla ainda traz como destaque chave presencial, ar-condicionado digital e um bom pacote de segurança, com seis airbags e controle eletrônico de tração e estabilidade. As versões intermediárias dos quatro sedãs médios mais vendidos do Brasil trazem um raro equilíbrio de preço e conteúdo. Entre os concorrentes – Honda Civic 2.0 EXL (R$ 112.600), Chevrolet Cruze 1.4 LTZ (R$ 108.990) e Volkswagen Jetta 1.4 Comfortline (R$ 109.990) –, o Corolla XEi é o único que não oferece navegação nativa por GPS. O Civic se destaca pela suspensão traseira multilink, freio de estacionamento com acionamento eletrônico com função brake hold e ar-condicionado de dupla zona. Desse conteúdo, o Jetta fica devendo apenas o brake hold. Vale lembrar que Jetta e Cruze trazem sob o capô motores 1.4 turbo.
 
 
 

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