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Caçula com moral

SUV compacto da marca sueca tem o mesmo estilo e algumas tecnologias dos irmãos maiores, com destaque para o conjunto mecânico. Mas banco traseiro com assento curto não é confortável


postado em 24/11/2018 05:09

Modelo tem formas volumosas e coluna C larga, que compromete a visibilidade(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Modelo tem formas volumosas e coluna C larga, que compromete a visibilidade (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)



A Volvo ampliou a sua família de SUVs com a chegada do modelo compacto XC40, que veio para completar a linha junto ao médio XC60 e ao grande XC90. Construído sobre a plataforma modular da marca sueca, a Compact Modular Arquitecture (CMA), o “caçulinha” preserva o estilo dos irmãos mais velhos e até algumas tecnologias, como sistemas de condução semiautônoma. O motor é um 2.0 litros, turbo, de 252cv, que trabalha em total sintonia com o câmbio automático de oito velocidades, proporcionando desempenho impecável. Testamos a versão intermediária Momentum, que traz ampla lista de equipamentos de série, mas fica devendo em alguns detalhes.


O XC40 não nega a sua origem, já que suas linhas lembram muito as do XC60 e até do XC90. Produzido em Ghent, na Bélgica, o SUV compacto tem a frente alongada, com capô vincado e grade de barras verticais. Destaque para os faróis Full LED, que contam com luzes auto-direcionais (acompanham o giro do volante), sistema automático para evitar o ofuscamento da visão de outros motoristas, nivelamento de facho automático de acordo com a carga e a tradicional luz diurna em formato de T, o “Martelo de Thor” da Volvo. Os faróis de neblina também usam LEDs, assim como as lanternas traseiras, que preservam o desenho verticalizado dos SUVs da Volvo.


As laterais são musculosas e trazem uma faixa preta na base, que interage com as molduras nas caixas de rodas, nesta versão, de 19 polegadas. Opcionalmente, o modelo pode ser equipado com rodas de 20 polegadas (R$ 13.820) ou 21 polegadas (R$ 18.500). No teto, o XC40 tem duas barras de alumínio, mas não traz teto solar panorâmico nem como opcional. Um deslize para um modelo desse segmento e que não custa barato. O spoiler na traseira dá um toque de esportividade, mas a visibilidade ali é comprometida pela coluna C larga e vidro mais estreito. O problema é resolvido graças à câmera de ré e sensor de estacionamento, que auxiliam o motorista nas manobras.

ACABAMENTO Por dentro, o Volvo XC40 tem acabamento de boa qualidade, mas sem muita sofisticação. Os bancos são revestidos em couro de duas cores: cinza e bege. O painel é feito com plástico mais duro (não é emborrachado), também em duas cores (preto e bege), e ainda traz uma faixa de alumínio. Nas portas, o acabamento é feito com couro e material acarpetado. Tudo muito bem montado, sem frestas exageradas ou peças soltando. Os instrumentos do painel são todos digitais e podem ser visualizados em uma tela colorida de 12,3 polegadas. O volante, também revestido em couro, tem comandos para o sistema de áudio, computador de bordo e controlador de velocidade.


O espaço interno é bom para quatro pessoas. Na frente, motorista e passageiro vão bem acomodados em bancos que apoiam bem as pernas e têm abas laterais no encosto, mantendo o corpo bem encaixado. O do motorista tem todos os ajustes elétricos, inclusive lombar, mas não traz o massageador, comum em carros desse valor. O banco do passageiro tem apenas o ajuste lombar elétrico, sendo os outros manuais. No banco traseiro o espaço é bom para que senta nas extremidades, já que no meio o túnel alto no assoalho, o console projetado e o apoio de braço embutido no encosto comprometem o conforto. Além disso, o assento do banco traseiro é curto e não apoia bem as pernas. Os passageiros de trás contam com saídas de ar-condicionado, mas sem o controle da temperatura.


No quesito segurança, o banco traseiro conta com apoios de cabeça e cintos de três pontos retráteis para três pessoas, além de Isofix e Top Tether para fixação e ancoragem de cadeiras infantis. O encosto é bipartido, possibilitando diferentes configurações para o transporte de bagagem. O porta-malas não é o maior do segmento, mas tem bom volume (460 litros), além de trazer uma divisória para o transporte de objetos menores. O estepe de emergência fica abaixo dessa divisória, junto com ferramentas, uma capa e luvas, para não sujar as mãos na troca do pneu furado. Mas a abertura da tampa do porta-malas não é elétrica. O modelo traz apenas uma tecla que, ao ser acionada, trava as portas automaticamente depois que a tampa do porta-malas for fechada, para evitar que o motorista tenha que tirar a chave do bolso, se estiver com as mão ocupadas.

DIRIGINDO O conjunto mecânico do XC40 é, com certeza, um de seus pontos fortes. O motor 2.0 turbo de 252cv esbanja potência, além de ter bom torque em baixas rotações. Na prática, o motor proporciona performance prazerosa, com respostas rápidas às acelerações. Basta pisar no acelerador que o motor responde. Mas se o motorista quiser uma condução mais suave, o propulsor funciona de forma amigável. É um carro bom de dirigir na cidade e na estrada, onde desenvolve bem, com retomadas de velocidade seguras. O câmbio automático de oito marchas cumpre bem a sua função, fazendo as mudanças no tempo certo, sem trancos, e se adaptando ao jeito de dirigir do motorista. Mas, acreditem: o XC40 não tem aletas para trocas de marchas atrás do volante. As mudanças são feitas apenas na pequena alavanca no console. Falha grave!

Tração A tecnologia está fortemente presente no XC40, já que o modelo conta com sistema de tração integral AWD, que faz a correta distribuição da força entre os eixos, garantindo boa estabilidade. O motorista pode optar também por cinco modos de condução com diferentes funções: Eco, para favorecer uma condução mais econômica; Comfort, deixando o carro mais manso e suave; Off-road, para transitar na terra; Dynamic, para uma tocada mais esportiva; e Individual, no qual o motorista ajusta as respostas do motor, o tempo das trocas de marchas, o peso da direção, a resposta dos freios e o controle de estabilidade.


O XC40 traz ainda recursos eletrônicos normalmente vistos em carros de segmento superior. O City Safety, por exemplo, atua no freio ao perceber que o carro está prestes a se envolver em uma colisão. Se o motorista se distrai e invade a contramão, entra em ação o sistema de mitigação de pista oposta, que puxa a direção levando o carro para a faixa correta. Ele atua entre 65km/k e 140km/h. O modelo traz ainda sistema de proteção de saída de estrada, sistema de proteção contra impactos laterais e lesões na coluna. Por fim, o XC40 traz ainda o controle de cruzeiro adaptativo (ACC), que permite ajustar uma velocidade e a distância a ser mantida em relação ao veículo da frente. Com isso, o sistema acelera ou freia o carro automaticamente, sem interferência do motorista, que pode reassumir o comando quando quiser.
Além da tecnologia de condução semiautônoma, o XC40 se torna interessante pelo conjunto de itens que oferece. A direção tem boa calibragem tanto para manobras quanto para velocidades mais altas. As suspensões garantem conforto e estabilidade em curvas, e o sistema de freios segura o SUV com toda firmeza. Ele tem motor mais potente em relação aos seus principais concorrentes, além de preço mais baixo. Na prática, o sueco não deve nada para os alemães.

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