Regiane Alves está no ar em dose dupla na televisão. Enquanto nas tardes da Globo, no Vale a pena ver de novo, a atriz aparece como a mimada Clara de Laços de família, no Viva, às 23h, ela interpreta a odiosa Dóris de Mulheres apaixonadas.
Nos dois clássicos de Manoel Carlos, exibidos originalmente em 2000 e 2003, a artista viu suas personagens sofrerem com a rejeição do público por atos de crueldade na ficção. Inclusive, a comoção nacional por causa das maldades da filha de Carlão (Marcos Caruso) com os avós, Flora (Carmem Silva) e Leopoldo (Oswaldo Louzada), colaborou para a criação do Estatuto do Idoso.
A atriz, de 42 anos, comenta a repercussão da cena da surra de Dóris em Mulheres apaixonadas. “O público queria que o pai desse um corretivo nela. Sempre tive apoio de coach, alguém que trabalhasse com teatro e me ajudasse a fazer personagens diferentes”. Sobre Clara, comenta: “Fazia a chata da novela (risos) e era bem difícil fazer esse contraponto do casal Fred (Luigi Baricelli) e Capitu (Giovanna Antonelli). Era um triângulo muito forte. Todo mundo torcendo por eles e minha personagem ali do outro lado, relembra.
Regiane ainda reforça a forma de Manoel Carlos falar sobre a alma feminina. “Parece que ele está olhando pelo buraquinho da porta. Era incrível a relação de amor e ódio das personagens em Laços de família. A Camila (Carolina Dieckmann) e a Íris (Deborah Secco) brigavam, a Clara se metia no meio. O protagonismo feminino sempre foi forte no trabalho dele.” (Estadão Conteúdo)