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Estado de Minas

Camila Márdila enfrentou desafios pessoais para interpretar Amanda

Atriz teve de vencer o medo e aprender a pilotar motocicleta para interpretar a vingativa ambientalista de 'Amor de mãe'


postado em 02/02/2020 04:00

Em Amor de mãe, Camila Márdila vive a ambientalista Amanda (foto: instagram camila márdila/Jorge Bispo)
Em Amor de mãe, Camila Márdila vive a ambientalista Amanda (foto: instagram camila márdila/Jorge Bispo)

Camila Márdila se projetou para o Brasil no filme Que horas ela volta?, lançado em 2015. Fez o papel de Jéssica, jovem nordestina que cresce longe da mãe e só volta a se relacionar de forma próxima com ela quando decide prestar vestibular em São Paulo, onde a matriarca trabalha como empregada doméstica. Jéssica rendeu à brasiliense o prêmio especial de melhor atriz concedido pelo júri do Festival Sundance, nos Estados Unidos. Em 2016, Camila entrou para o elenco de Justiça, minissérie global de José Luiz Villamarim e Manuela Dias. Experiência que lhe abriu portas na televisão, onde fez Treze dias longe do Sol e Onde nascem os fortes, na Globo, e Feras, na MTV.

Amor de mãe é a primeira novela de Camila – desejo acalentado há tempos por ela. O convite veio exatamente de Villamarim e Manuela, que a lançaram na telinha. A personagem Amanda foi outro estímulo. “Ela é superintensa, cheia de caminhos. Esse projeto artístico é cheio de profissionais interessantes, que admiro. É lindo poder fazer parte dele”, afirma.

No início da novela, Amanda termina o namoro com Danilo (Chay Suede), alegando que o jovem é muito dependente da mãe. E deixa claro que guarda um mistério. O rancor criado no âmbito familiar conduz suas relações e atitudes, principalmente aquelas ligadas ao ativismo ambiental.

“Amanda é muito movida pela questão pessoal de vingança. Acaba se aliando ao ativismo ambiental porque ele está ali, colocando a sede de vingança nela. É uma luta em que acredita, mas, em seu interior, é movida pelo desejo de vingança, que vem muito junto do senso de justiça dela”, explica a atriz.

Para dar vida a uma personagem tão destemida, que pilota moto e está à frente de manifestações, Camila precisou enfrentar os próprios medos. “Amanda é um grande desafio, por diversos motivos. Primeiramente, por ser a minha primeira novela, onde há outra relação com a personagem, com a história. É uma obra aberta, experiência que nunca tive antes. É um grande aprendizado”, comenta.

Outro “desafio gigante”, conta ela, foi aprender a pilotar motocicleta. “Costumo falar que mal ando de bicicleta”, confessa. A carteira de moto foi a preparação mais importante para viver Amanda. “Isso mexeu muito com o meu sentimento de medo. Tinha uma série de travas físicas, que são de construção de medo que tenho a vida toda, e precisei romper um pouco para me disponibilizar para essa personagem extremamente destemida. Ela está ali totalmente aberta, radicalizando as fronteiras do perigo. Então, as aulas de moto foram um processo de descobrir esse outro corpo, esse outro estado de me desafiar mesmo.” A personagem, aliás, adotou vários visuais, inclusive curtíssimos cabelos louros.

A novela, de certa forma, resgata Que horas ela volta?, trabalho marcante de Camila. A começar por estar no elenco com Regina Casé, que viveu a mãe dela no longa de Anna Muylaert. Depois, porque o folhetim, em alguns sentidos, remete ao filme.

“Acho muito bonito enxergar um pouco dessa extensão do Que horas ela volta? na novela. É outra história, mas, como a própria Regina declara, é uma inspiração. Lurdes é derivação da Val, e a Camila (personagem de Jéssica Ellen no folhetim) poderia ser uma eventual Jéssica (papel de Camila na filme), a filha da empregada que0 conseguiu estudar. A novela começou onde parou o filme”, diz. Na opinião da atriz, as duas tramas são representativas do contexto social brasileiro.

BUSCA 

Contar histórias que importam é que move Camila. “Toda a minha trajetória é marcada por buscas. Por profissionais que admiro, por compartilhamento de linguagem. Digo que é uma via de mão dupla. Sempre vou me aproximar de pessoas com quem compartilho a maneira de olhar o mundo criativamente, ou que eu tenha interesse de conhecer como novidade. Meu apaixonamento pelos projetos, muitas vezes, acaba acontecendo quando ali tem algo que precisa ser dito, quando realmente acredito que vou ver uma história que quero que esteja no mundo”, comenta.

Para Camila, atuar vai além dos holofotes. “Nunca fui leviana, digamos assim, com o fazer artístico. Sempre fui muito comprometida, gosto de estar envolvida em projetos comprometidos com algo importante”, conclui.



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