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Estado de Minas

App que alerta alagamentos em BH evidencia parceria entre alunos e empresa mineira

Projeto de iniciação científica do UNI-BH beneficia estudantes e o mercado


postado em 12/12/2015 07:00 / atualizado em 12/12/2015 09:15

Jackson Smith Moisés, Matias Guilherme Alberto de Moraes, Fábio Lacerda Henriques e Vitor Moura Silva: alunos do UNI-BH que se debruçam sobre a criação de aplicativos inteligentes(foto: Arquivo Pessoal)
Jackson Smith Moisés, Matias Guilherme Alberto de Moraes, Fábio Lacerda Henriques e Vitor Moura Silva: alunos do UNI-BH que se debruçam sobre a criação de aplicativos inteligentes (foto: Arquivo Pessoal)

Está em desenvolvimento um aplicativo que alerta os usuários sobre pontos de Belo Horizonte que devem ser evitados por risco de alagamento. Projeto de iniciação científica dos estudantes Vitor Moura Silva, Guilherme Alberto de Moraes, Jackson Smith Moisés Matias e Fábio Lacerda Henriques e o primeiro trabalho de parceria, com duração de dois anos, iniciada em janeiro e posta em prática desde novembro, entre a empresa OneForce e o Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH). “Como somos empresa mineira, decidimos dar atenção ao problema que sempre afetou a cidade”, observa Hugo Azevedo, de 29 anos, proprietário da OneForce, empresa de consultoria mineira especializada em engenharia de software criada em 2014. Ele até agora não teve problemas em época de chuvas, mas tem amigos que viram o carro ser levado por enchentes.

A parceria entre a OneForce e o UNI-BH prevê um segundo produto: um aplicativo que analisa os dados de profissionais na rede social LinkedIn e indica especializações que podem valorizar a carreira deles no mercado de trabalho. “É aplicativo para alunos, professores e mercado se entenderem melhor”, observa Hugo, registrando escolha por projeto regional (o das enchentes) e outro mais geral. O diálogo com a universidade, iniciado em janeiro deste ano, e em funcionamento há um mês, explica, é iniciativa que tenta romper a distância entre instituição de ensino e mercado, um problema de décadas de várias instituições de ensino superior. A empresa custeou a criação de base de trabalho na escola, disponibilizou acesso à tecnologia de ponta e um tutor. A escola, por sua vez, ofereceu dois professores e bolsa de R$ 400 mensais para cada pesquisador por um ano.

“É aposta na inovação dessa área que, no Brasil, ainda tem poucas iniciativas, o que obriga a trabalhar como projetos vindos de outros países. Temos poucas pesquisas voltadas para o mercado, a maior parte delas são atividades voltadas para a academia”, conta Hugo. A atividade é a primeira da empresa na área. “Universidade e mercado precisam se aproximar”, afirma, defendendo a criação de equipes, com elementos dos dois setores trabalhando juntos. As empresas, explica, podem oferecer tecnologia de ponta e consultores, além de apresentar oportunidades que existem no mercado. “E a universidade oferece o que sabe fazer: alunos e professores para pesquisa e desenvolvimento de projetos de inovação”, argumenta.

OTIMIZAÇÃO DE ESTRUTURA A vantagem do modelo, continua Azevedo, é que as empresas não precisam criar departamentos de pesquisa e desenvolvimento o que é “quase criar uma universidade dentro da empresa”. Em contrapartida, as universidades conseguem recursos e investimentos para a pesquisa e instalação de infraestrutura para a atividade. “É forma simples de captar pesquisadores e recursos humanos. O mercado precisa de novos projetos e solução de problemas e está disposto a pagar bem”, observa ele. Conta que, inclusive, existem recursos para pesquisa e desenvolvimento inovadores mas acabam não sendo utilizados por ausência de modelos de como investir na área. A proposta da OneForce é inspirada em práticas norte-americanas que, como observa o empresário, faz conviver pesquisas para o mercado e acadêmicas

Inovação, avisa o proprietário da OneForce, é tema essencial para as empresas brasileiras “até para a sobrevivência” delas, em tempos de concorrência global. “Precisamos estabelecer modelos e práticas que permitam competição de igual para igual com empresas de outros países”, defende. O empresário está satisfeito com o que tem visto. “Me chamou atenção a energia dos alunos, a vontade de aprender, o que essencial para aprender a lidar com tecnologias de ponta. A empolgação leva, ainda, à criação de novos projetos”, observa.

Aviso DE CHUVA FORTE O aplicativo que emite alerta em caso de ameaça de enchente em determinada região da cidade é um programa que, a partir de leitura de dados vindo de sensores (como umidade do ar) e agências de previsão do tempo, emite alerta para o usuário. “A questão do tempo e como lidar com ele tem se tornado questão cada vez mais complexa”, diz Hugo Azevedo, lembrando que há situações que cobram repostas rápidas. O trabalho, em andamento há menos de um mês, no momento, como explica Vitor Moura Silva, está em fase de conhecimento da metodologia usada pela empresa e desenvolvimento de programação orientada para o objeto da pesquisa.

O estudante aprova a parceria universidade e empresa. “Facilita o desenvolvimento da pesquisa, ajuda a conhecer como funcionam as empresas e tem valor de estágio que ajuda na qualificação profissional dos alunos”, justifica Vitor, aluno do quarto período de ciências da computação. Ele valoriza a atividade também por ser ação voltada para a inovação. “É enfoque que cobra criatividade, pois já há muita coisa no mercado”, observa. Com relação aos planos, para depois de formado, o projeto é pós-graduação e trabalhar em empresa de criação de software. Também, importante, para o estudante, é que a OneForce têm parceiros fortes, como o IBM Academic Initiative que oferece aos estudantes e professores acesso ilimitado à plataforma de desenvolvimento e gestão de aplicativos mais avançada da empresa disponível no mercado mundial, o Bluemix. A ferramenta promete, de maneira fácil e rápida, entregar soluções digitais para as nuvens ou para dispositivos móveis.


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