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Estado de Minas EVOLUÇÃO SEM REVOLUÇÃO

Testamos por uma semana o iPhone 5

Aparelho está nas lojas brasileiras desde sexta-feira. Mais fino e comprido, modelo não é inovador, mas sem dúvida é a melhor versão da série


postado em 20/12/2012 00:12 / atualizado em 20/12/2012 09:39

Silas Scalioni

Tela mais comprida oferece melhor resolução e possibilidade de abrigar uma fileira a mais de ícones(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Tela mais comprida oferece melhor resolução e possibilidade de abrigar uma fileira a mais de ícones (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
A Apple inovou e revolucionou o mercado de celulares há cerca de cinco anos quando apresentou a primeira versão do iPhone. A partir de então, as pessoas passaram a exigir mais: muita mobilidade, conexões mais rápidas e seguras, toques de tela limpos, displays brilhantes em aparelhos com design no mínimo interessante.

Nesse período, outras versões do smartphone foram lançadas, sempre trazendo novos recursos que, entretanto, não apresentavam novidades capazes de fazer dele um outro aparelho revolucionário em relação aos anteriores. Na semana passada chegou ao Brasil (como sempre com atraso em relação aos Estados Unidos, Europa e Ásia) o iPhone 5, lançado com pompas pelas operadoras de telefonia móvel. Logo no dia seguinte ao lançamento, o Informátic@ teve acesso a uma unidade do smartphone mais desejado do mundo, cedido pela TIM, para testá-lo por alguns dias.

De imediato, se pode comprovar que, a exemplo das versões anteriores, a atual também não faz do modelo algo totalmente novo. Mas, da mesma forma, traz evoluções e alguns grandes avanços. Pode-se dizer sem erro que ela é a melhor versão do mais bem-sucedido produto criado pela empresa da maçã.

TAMANHO O que primeiramente chama a atenção são as dimensões do aparelho. O iPhone 4S, que já surgiu como muito fino, medindo 9,3mm de espessura e pesando 140 gramas, foi facilmente batido pelos cerca de 7mm do 5, que pesa apenas 112 gramas. Apesar disso, a tela ficou maior, com quatro polegadas. Isso graças à altura do aparelho, 9mm maior do que o anterior, o 4S. Tudo isso já foi revelado mesmo antes de o 5 aportar por aqui, mas tê-lo nas mãos é sentir realmente uma sensível mudança de design (mais bonito, por sinal).

A mudança na altura do aparelho permitiu que a tela inicial abrigasse uma fileira a mais de ícones (seis, contra cinco das outras versões). Ou seja, você pode pôr quatro ícones a mais em cada página. Também as pastas de aplicativo se expandiram de forma parecida. Programas de TV widescreen e filmes enchem a tela sem exibir as antigas bordas pretas. E para gravar um vídeo, o usuário agora visualiza todo o quadro que está gravando, sem ser mais necessário dar toques duplos no zoom. Resta dizer que, além das alterações de tamanho, o display do 5 mostra cores mais saturadas e tons de preto mais fortes, fazendo com que as imagens se tornem melhores.

NOVO CONECTOR O iPhone 5 apresenta uma transição da Apple no que se refere a cabos conectores, docks com alto-falantes, carregadores etc. O novo smartphone entra na era da substituição do tradicional conector dock de 30 pinos, adotado já há nove anos, pelo novo conector Lightning. Quais as razões para isso ter ocorrido? A primeira delas é o próprio tamanho: o novo conector é muito menor do que os anteriores. E não tem como inseri-lo errado no aparelho (fato comum com o de 30 pinos), pois em qualquer posição que for colocado ele se adapta e funciona.

De negativo, vale lembrar que a entrada desses novos conectores  no mercado vai representar a morte dos acessórios antigos e obrigar o usuário, quando precisar, a adquirir adaptadores para conexão entre equipamentos mais novos e mais velhos. E finalmente, é importante destacar outra alteração da Apple na carcaça do aparelho: a entrada do fone de ouvido foi para a sua parte inferior, depois de ficar cinco anos do lado de cima.

CHIP E SISTEMA A empresa da maçã adotou no novo iPhone o padrão de chip nano-SIM no lugar do micro-SIM, presente nos modelos 4 e 4S. Ou seja, ele é ainda menor (já é vendido no Brasil), e se você não quiser gastar cerca de R$ 10 para comprar um, vai ter de arriscar perder o seu ao tentar cortar o micro-SIM com um estilete. Não vale a pena economizar tão pouco, pois a possibilidade de dar errado é grande.

O iPhone 5 chegou já com o iOS 6 instalado e o novo sistema operacional da Apple foi lançado com poucas melhorias, chegando a ganhar mais atenção justamente por um fato negativo: as grosseiras e inconcebíveis falhas (por se tratar de uma empresa tão preocupada com tecnologia quanto a Apple) do seu aplicativo Mapas, que abandonou os serviços de dados do Google Maps. Os erros apresentados pelo aplicativo foram tão gritantes que viraram motivo de piadas, tanto de usuários quanto do meio empresarial.

A Apple foi obrigada a reconhecer a falha e a indicar outros serviços de localização, além de pedir paciência aos seus usuários enquanto procura oferecer uma solução final para o problema. Interessante que mal o aparelho foi ligado para que o ícone Ajustes do iPhone 5 cedido pela TIM para testes apresentasse solicitação para mais uma atualização do iOS 6.

 Para quem curte som, o iPhone 5 trouxe os chamados Earpods, que são os novos fones de ouvido desenvolvido pela empresa da maçã. Além de apresentar design mais bonito e confortável, o acessório oferece mais potência de som, com excelentes graves.

RAPIDEZ
Não poderia ser diferente, em razão da exigência dos iphonemaníacos: o iPhone 5 é mais rápido do que os modelos anteriores. Isso  muito graças ao seu novo processador dual-core A6, que o torna não só mais veloz do que seus irmãos mais velhos, mas, provavelmente, “the flash” entre todos os smartphones disponíveis no mercado.

Porém, é nesse quesito velocidade, especialmente para quem acessa a internet via celular, que mora a maior falha do iPhone 5 para o mercado brasileiro. O novo smartphone já veio preparado para se conectar a redes 4G/LTE, a nova geração de redes banda larga, capaz de trafegar dados muito mais rápidamente e em quantidade bastante superior do que a 3G. Ocorre que o aparelho não é compatível com a frequência das redes anunciadas para o Brasil. Claro que a 4G ainda não está implantada no país, mas já tem datas marcadas para entrar em operação (nas capitais, até junho do ano que vem, quando se realiza a Copa das Confederações).

Nas cidades onde ela já vem sendo adotada em fase de testes, o iPhone 5 não teria como mostrar sua performance, ao contrário dos modelos concorrentes Motorola RAZR HD e o Samsung Galaxy S3. Implantada a rede 4G brasileira, o próximo iPhone certamente terá de vir corrigido e adaptado ao modelo do país, do contrário vai ocorrer o que atualmente é impensável: a corrida de usuários de iPhones para modelos concorrentes. Negativo também é o preço: um investimento muito alto se o usuário não contar com uma boa promoção da sua operadora de celular.


TEMPERATURA MÉDIA
9

O modelo, embora não represente uma nova revolução de mercado da Apple, apresenta significativos avanços

DESIGN E TELA
Mais bonito, finíssimo e um pouco mais comprido, iPhone 5 traz tela ainda mais nítida e com espaço para abrigar número maior de ícones por página

VELOCIDADE
Processador dual-core A6 transforma o smartphone no mais rápido entre todos os modelos da Apple e possivelmente no mais veloz do mercado

SISTEMA OPERACIONAL
O iOS 6, que equipa o 5, não traz grandes melhorias em relação às edições anteriores. O aparelho poderia ser ainda melhor se o sistema apresentasse realmente evoluções

REDE E PREÇO
Os principais pontos negativos do modelo: não está preparado para as futuras redes 4G previstas para o Brasil e o custo do aparelho, que é o mais caro do mundo


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