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Estado de Minas CRUZEIRO

Pastana confia que Mozart implantará identidade de jogo no Cruzeiro

Diretor de futebol diz não ter procurado outro técnico e crê que atual comandante dará a volta por cima no decorrer da Série B


23/07/2021 07:26 - atualizado 23/07/2021 07:29

Auxiliar Belletti e técnico Mozart Santos em atividade na Toca(foto: Bruno Haddad/Cruzeiro)
Auxiliar Belletti e técnico Mozart Santos em atividade na Toca (foto: Bruno Haddad/Cruzeiro)
Em meio à briga do Cruzeiro contra o rebaixamento à Série C - 17º lugar, com 11 pontos em 13 jogos -, o diretor de futebol Rodrigo Pastana acredita que o técnico Mozart Santos tem totais condições de dar a volta por cima e fazer o time sair do atoleiro. O executivo garantiu que o clube não consultou nenhum profissional após a derrota para o Remo na última terça-feira, por 1 a 0, no estádio Baenão, em Belém-PA. O nome ventilado nos bastidores celestes foi o de Vanderlei Luxemburgo, campeão da Tríplice Coroa em 2003 e com uma segunda passagem apagada pela Toca no Brasileirão de 2015.

"Não houve nenhuma procura a treinador algum, nem ao Luxemburgo nem a outro profissional. Pensamos diariamente no trabalho com o Mozart. O grupo está unido com ele. O grupo gosta do trabalho dele. Claro que essa avaliação acontece pelos resultados e eu respeito. Mas o trabalho diário é muito bom. Ele tem conhecimento, experiência, vem de um trabalho excelente do CSA no ano passado. O fato de ele ter o grupo na mão ajuda muito para que a gente, a cada jogo, tente encontrar a melhor formação. Não é fácil. Ele teve uma semana só de trabalho, o restante foi regenerativo e vídeo. Acreditamos que essa comissão técnica vai nos trazer ao caminho natural que é o de vitórias", analisou Pastana.

Contratado para substituir Felipe Conceição, demitido após a eliminação para a Juazeirense-BA na terceira fase da Copa do Brasil, Mozart estreou pelo Cruzeiro no empate por 1 a 1, em 12 de junho, no Mineirão, pela terceira rodada. Na sequência, ganhou da Ponte Preta por 1 a 0, perdeu para o Operário por 2 a 1 e levou a melhor sobre o Vasco por 2 a 1. O início razoável deu lugar a uma sequência de sete partidas de jejum (quatro empates e três reveses), com direito a um 3 a 0 para o Avaí, em Belo Horizonte, sob o comando do auxiliar Denis Iwamura.

Em seu início na Raposa, Mozart tentou implantar a formação 3-4-3, deslocando o atacante Felipe Augusto para a ala esquerda, além de colocar um volante de contenção e dois meias. Todavia, a continuidade do esquema tático ficou comprometida por várias razões, desde as sucessivas expulsões de atletas do setor defensivo até alguns casos de lesão no elenco. O treinador então retornou ao habitual 4-3-3, mas sem atingir o efeito esperado em termos técnicos. 

"São muitas mudanças, infelizmente a maioria gerada por expulsão ou lesões. O Mozart foi muito claro nas primeiras entrevistas, sobre o modelo que gostaria de adotar que é o 3-4-3. Infelizmente, não houve a possibilidade. Algumas vezes tivemos só dois zagueiros à disposição. Isso pode voltar a acontecer com o tempo, mas por ora foi muito difícil manter o 3-4-3. É uma linha que ele vinha trabalhando no CSA e na Chapecoense. Você é obrigado a mudar jogadores por falta de equilíbrio. É um diagnóstico muito claro para mim, que já fizemos. Somos a equipe com maior número de expulsões na Série B", opinou Rodrigo Pastana.

Em 2020, Mozart Santos se destacou por tirar o CSA da zona de rebaixamento da Série B e quase levá-lo ao acesso - terminou em quinto lugar, com 58 pontos, três a menos que Juventude e Cuiabá, terceiro e quarto colocados. Rodrigo Pastana, à época diretor executivo do clube alagoano, mantém as esperanças de que o técnico repetirá a façanha no Cruzeiro. Mesmo com os resultados até o momento insatisfatórios, o gestor do departamento de futebol disse que faltou um pouco de sorte no confronto com o Remo e projetou a recuperação contra o Vila Nova-GO, adversário de sábado, às 16h30, no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, conhecido como OBA, em Goiânia.

"Eu não chamo ainda de trabalho. A gente não pode falar que é trabalho quando você tem a oportunidade de estar lá há 40 dias exercendo uma função, mas o seu trabalho realmente como treinador é treinar. E nós tivemos uma semana de treino. Avalio o resultado, que não é satisfatório. Isso é claro para todo mundo. Mas estamos fazendo por onde. Tenho visto o empenho dos atletas, inclusive a relação deles com o treinador", pontuou.

"A gente pensa que isso vai melhorar, a gente pensa numa vitória rápida. Pensamos contra o Remo, infelizmente teve um fato importante que foi a expulsão do Matheus Barbosa, penso eu que iríamos empatar aquele jogo e poderíamos virar, pelo volume de jogo que estávamos no segundo tempo. Esperamos que, contra o Vila, essa vitória venha e que a gente entre no campeonato. Aí sim teremos dois jogos com duas semanas cheias de treinamento. Aí sim, o Mozart e sua comissão conseguirão um padrão melhor de jogo", complementou.

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