Se a equipe está de folga até segunda-feira, a política do Cruzeiro continua a todo vapor. Enquanto o presidente Wagner Pires de Sá e o presidente do Conselho Deliberativo Zezé Perrella travam queda de braço por meio de notas oficiais, um grupo de conselheiros engrossou o coro por transparência na administração do clube, abalada depois de denúncias de crimes como lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e falsidade ideológica.
Intitulado Associação Grandes Cruzeirenses (AGC), o grupo é responsável por organizar eventos no clube. Os associados se manifestaram por meio de nota sobre a crise institucional e cobrou do Conselho Deliberativo posicionamento “honesto, imediato, público e individual” a respeito das práticas administrativas da diretoria, investigada pela Polícia Civil.
De acordo com a AGC, não há “qualquer possibilidade de reversão” do quadro caótico caso não ocorra uma “mudança radical” na gestão do clube. Eles ressaltam que apenas os conselheiros estão em condições de impedir “desastre histórico” no Cruzeiro, pois têm força para cobrar explicações de Wagner Pires de Sá e, em caso de improbidade administrativa comprovada, votar para uma possível saída do cartola.
Apesar dos questionamentos à cúpula celeste, a AGC ressaltou que não pretende se envolver em disputas políticas internas. “Essas afirmações se fazem necessárias para reforçar o nosso pensamento sobre o gravíssimo momento pelo qual o clube passa. Definitivamente, não se trata de crise ou disputa política. Ao contrário, esse caos abominável tem natureza administrativa, financeira e, principalmente (e infelizmente), moral”, diz a nota da organização.
RUSSO Enquanto isso, o zagueiro Murilo está na Rússia para fazer exames médicos e negociar contrato com o Lokomotiv Moscou. O clube russo deve pagar 2,5 milhões de euros (cerca de R$ 11 milhões) pelo jogador, cujos direitos estão 75% em poder da Raposa.