Sem tanta festa, mas com o sorriso no rosto e a faixa de bicampeão no peito. A empolgação cruzeirense foi comedida, não gastaram tantos foguetes e preservaram a garganta. E a resposta para isso está na ponta da língua: estão mais preocupados com a Copa Libertadores. A obsessão celeste.
Mas nenhum torcedor é indiferente a uma conquista. Ontem, a alma do cruzeirense saiu lavada do Independência e, claro, com o grito de “é campeão” entoado aqui e ali, em meio ao burburinho da cidade. Na verdade, não dá para a Raposa assegurar o título e não zoar com o Galo!
Aliás, vale até, por algumas horas, “brigar” com integrantes da família e mesmo com a namorada, para festejar o título azul. Rayan Siqueira Aiala, de 25 anos, caixa, e Caio Hortêncio Coura, de 25, gerente, foram bloqueados nas redes sociais e no WhatsApp, o primeiro, pela prima Daniele, o segundo, pela namorada, Brenda. Mas hoje, Páscoa, a vida vai voltar ao normal, e ainda vão contar com ajuda extra de boas doses de chocolate para adoçar os corações de vencedores e perdedores.
BARULHO Já Luís Fernando Borges, de 22, auxiliar administrativo, teve no avô, Reginaldo, o catequisador para se tornar cruzeirense. “Ele viu Tostão, Dirceu Lopes e me ajudou a fazer a escolha certa. O título mineiro não tem muita graça, mas é sempre bom comemorar.” Por sua vez, Lucas André Prado Vasconcelos, de 24, estudante de direito, e o amigo Alan Júnior, de 23, de arquitetura, esperavam por uma festa daquelas na Praça Sete, mas o ritmo foi mais devagar. O que não os impediu de soltar o grito de “zerooo”.
No fim, com mais ou menos barulho, o que importa é o que entra para a história: Cruzeiro, bicampeão mineiro, derrotando o Atlético e, melhor, dentro do Horto. E pelo segundo ano consecutivo.