“Eu sou a melhor”. A frase de Amanda Nunes corresponde ao tamanho do feito da baiana, de 30 anos, que se tornou a primeira mulher campeã de duas categorias simultâneas do Ultimate Fighting Championship (UFC), principal organização de artes marciais mistas do mundo. E não foi uma vitória qualquer. Para ficar com o cinturão do peso-pena, Nunes quebrou a invencibilidade de 13 anos da compatriota Cris Cyborg no octógono do The Forum, em Los Angeles, na Califórnia, ontem, pelo UFC 232.
“Sou a primeira mulher a ser campeã de duas categorias do UFC. Sou a melhor. Dana White, agora quero ir para o Hall da Fama!”, comemorou Amanda, que conta agora com um cartel de 17 vitórias e apenas quatro derrotas no MMA.
Para quem pensava que Cyborg era invencível, Amanda mostrou estar no auge da carreira e precisou de menos de um minuto para nocautear a adversária. A Leoa, que desde julho de 2016 detém o cinturão dos galos, conquistou o título dos penas e passou a ostentar dois cinturões da principal organização de MMA do mundo. “Meu técnico sempre disse: ‘fique calma, quando sua mão direita entrar, ela vai para o chão’”, afirmou a baiana.
A luta foi disputada em ritmo frenético, com troca franca de socos. Amanda acertou dois golpes que derrubaram Cyborg. A curitibana ainda se levantou, mas levou nova sequência de socos que definiu o triunfo de Amanda. Foi a oitava vitória consecutiva da baiana.
Com a vitória em um combate considerado o mais importante para a história do MMA feminino, Amanda dissipa todas as dúvidas sobre seu potencial dentro da organização e conquista o posto de melhor lutadora da atualidade. De quebra, entrou para o seleto grupo das estrelas Conor McGregor e Daniel Cormier, que acumularam dois títulos simultâneos no UFC.
RETORNO DE JONES O UFC 232 também marcou o retorno de Jon Jones ao octógono. O norte-americano derrotou Alexander Gustafsson com um nocaute incontestável e reconquistou o cinturão dos meio-pesados. A vitória de Jon Jones ocorreu no terceiro round. Após disputa equilibrada entre os lutadores nos dois primeiros assaltos, o norte-americano levou a disputa para o chão e desferiu diversos socos na cabeça de Gustafsson, forçando o árbitro a interromper a disputa e decretar o nocaute.
Com o resultado, Jon Jones chegou à marca de 23 vitórias, uma derrota e um combate sem resultado no UFC. Agora, aguarda o próximo confronto na organização – já desafiou Daniel Cormier, ex-campeão da categoria meio-pesado. “Tem um cara aí que se chama de campeão duplo. Que tipo de cara abandona seu cinturão só porque eu cheguei em casa? O papai está em casa, Cormier. Venha pegar o seu cinturão, ele está bem aqui”, provocou Jones, ainda no octógono.