A mais longa das finais da Copa Libertadores está nas mãos do River Plate. Em um jogo dramático, o time venceu o Boca Juniors por 3 a 1, de virada, em Madri, na Espanha. Os gols da vitória foram marcados no segundo tempo da prorrogação após empate por 1 a 1 no tempo normal. Foi uma uma vitória épica sobre o maior rival, que se mostrou aguerrido, mesmo com 10 jogadores após a expulsão de Barrios no início do tempo extra e acertou uma bola na trave no final. Este é o quarto título do River na Libertadores, agora classificado para a disputa do Mundial de Clubes da Fifa, que começa na quarta-feira nos Emirados Árabes Unidos. A estreia do representante sul-americano será no dia 18.
A decisão deveria ter sido realizada em 24 de novembro, em Buenos Aires, mas foi adiada por causa do ataque ao ônibus do Boca Juniors por parte de torcedores do River Plate a poucas horas do início daquele jogo. Após dias de polêmica, Madri foi escolhida pela Conmebol para receber a partida. Torcedores argentinos tomaram posse do Santiago Bernabéu, com gritos, cantos e bandeiras. Em todos os detalhes, a arena espanhola virou um estádio sul-americano.
O confronto foi amarrado. Muito mais pegado que o jogo de ida (2 a 2 na Bombonera). Os inúmeros erros de passe escancaravam o nervosismo dos rivais. No fim do primeiro tempo, o time de Marcelo Gallardo (fora do banco de reservas por causa de suspensão) não tinha acertado nenhum chute a gol. O Boca começou melhor, num esquema com três atacantes: Benedetto, Pavón e Villa. O time xeneize soube jogar pelas pontas. Pressionou, teve duas chances e foi dono da etapa inicial.
O jogo destravou no fim do primeiro tempo, quando os times aceleraram as jogadas. Foi assim que o Boca abriu o placar, aos 43min. Depois que o River errou um cruzamento, o uruguaio Nández ofereceu passe excelente em profundidade para Benedetto, que deu um corte espetacular no zagueiro Maidana e tocou na saída de Armani. Golaço. Foi o quinto gol do atacante, carrasco do Cruzeiro e Palmeiras nas fases anteriores da Libertadores e que já havia marcado na primeira partida da final.
O River Plate adiantou suas linhas para jogar no campo do Boca Juniors e tirou Ponzio, que exagerou nos erros de passe. Entrou Quintero. Mais presente no ataque, os jogadores do River reclamaram de pênalti numa trombada do goleiro Andrada com Pratto, mas o árbitro nada marcou. Aos 22min, os meias do River, que vinham com atuação discreta, mostraram sua qualidade. Fernández tabelou com Palacios e rolou para Lucas Pratto emendar para as redes. Empate do River: 1 a 1. Pratto, conhecido do torcedor brasileiro pela passagem no Atlético e São Paulo, também chegou a seu quinto gol no torneio.
SUPERIORIDADE O River passou a jogar nas costas dos volantes do Boca e se aproximou da vitória. O time estava mais inteiro fisicamente. A superioridade aumentou com a expulsão de Barrios, no primeiro tempo da prorrogação. E virou vantagem numérica no início da etapa final. Quintero, que entrou no lugar de Ponzio e mudou o jogo taticamente, acertou belo chute no ângulo. Virada do River.
Mesmo com um jogador a menos e Fernando Gago, contundido, fora de jogo, o Boca foi à frente e acertou um bola na trave no último minuto da prorrogação. Mas após a cobrança de escanteio, em que o goleiro Andrada foi ao ataque, o River definiu o placar com Martínez finalizando com o gol vazio.
OS TÍTULOS
7
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6
• Boca Juniors-ARG
5
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4
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3
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2
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