A decisão da Copa do Brasil reuniu cinco campeões olímpicos: Evandro, Lucão, William, Douglas Souza e Lipe estavam na Seleção Brasileira que levou o ouro na Olimpíada do Rio. Com as pratas de Pequim’2008 e Londres’ 2012 no currículo, Murilo completou o time de medalhistas olímpicos na decisão. E o Cruzeiro, mesmo só contando com Evandro nessa constelação, conquistou o tricampeonato diante do Sesi ao assegurar o tricampeonato com um 3 a 2 (25/23, 20/25, 25/17, 29/31 e 15/9), no Ginásio do Sesi Vila Leopoldina, em São Paulo, casa do adversário. “Esse título é mais saboroso. Muita gente não acreditava no nosso time, começamos a temporada muito irregular. Mas quando chegamos a uma final, somos um time unido. Tem um sabor especial”, destacou o ponteiro Leal.
Atual campeão da Superliga e líder da temporada 2017/18, o Cruzeiro segue firme como o time número 1 do Brasil, agora estendendo seu reinado com a conquista de mais uma Copa Brasil. O time se fortalece ainda mais para o retorno à Superliga na quarta-feira, às 20h, contra o Canoas, diante da sua torcida.
Acostumado a conquistar troféus, o Cruzeiro é pentacampeão da Superliga, tricampeão do Mundial de Clubes e nove vezes campeão do Mineiro. E agora comemora mais uma taça da Copa do Brasil, que assegurou passando pelo Campinas na fase classificatória, por 3 a 1, e o Sesc-RJ na semifinal, também por 3 a 1. Para chegar ao tri, a equipe mineira enfrentou o Sesi e 2 mil torcedores, que lotaram o ginásio e fizeram muito barulho.
O jogo foi bem equilibrado até o set decisivo, quando a equipe mineira dominou. O capitão Filipe elogiou o desempenho do grupo. “A dedicação desses jogadores é impressionante. Todos se entregam a cada partida. Enfrentamos uma forte equipe, que nos deu muito trabalho, mas conseguimos mais esse título”. O líbero Serginho exaltou o espírito de competitividade: “Sempre pensamos no próximo campeonato. Não escolhemos competição e queremos ganhar sempre. A torcida veio de Belo Horizonte de ônibus para nos apoiar. O Sesi é um time muito bom e ofereceu resistência.”
EQUILÍBRIO A decisão começou com erros de saque dos dois lados. Mas foi com um ponto de saque que o Cruzeiro fechou em 25/23, em 26 minutos. Embalados, os cruzeirenses chegaram a abrir vantagem, mas o Sesi empatou e deslanchou, chegando a fazer 20/14, segurou uma reação do Cruzeiro e foi a 25/20. A Raposa, porém, voltou a se impor e atropelou. Com Filipe explorando o bloqueio, os cruzeirenses chegaram a fazer 23/15, fechando em 25/17. O quarto set foi uma disputa eletrizante, com os paulistas emplacando 31/29 para empatar, em 35 minutos. Já no tie-break, o Cruzeiro mostrou toda sua força e não deu chance ao adversário: 15/9 para selar o tricampeonato.