criança rejeita brócolis

Não é raro encontrar crianças que se recusam a consumir alimentos de uma determinada cor ou que optam por comer um único alimento em todas as refeições

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Quando falamos do espectro autista em crianças, um dos principais desafios enfrentados por pais e responsáveis é a seletividade alimentar. Isso ocorre porque alguns pacientes diagnosticados pelo Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm dificuldades com determinadas texturas, sabores e aromas de alimentos.

A University of Massachusetts Medical School fez uma pesquisa comprovando que cerca de 67% das crianças no espectro autista apresentam transtorno ou seletividade alimentar. Essa seletividade é tão comum por estar ligada à uma interferência direta de estímulos sensoriais.
 
Em muitos casos, as crianças ignoram grupos alimentares inteiros, se recusando a comer frutas, legumes, cereais, grãos, proteínas ou produtos à base de leite, por exemplo.
Também não é raro encontrar crianças que se recusam a consumir alimentos de uma determinada cor ou que optam por comer um único alimento em todas as refeições.

Restrições alimentares afetam a saúde

No entanto, as restrições de alguns alimentos podem causar consequências para a saúde, como:
  • Falta de nutrientes importantes para o desenvolvimento;
  • Problemas no crescimento;
  • Obesidade;
  • Ausência da ingestão calórica diária necessária.
“Os responsáveis devem estar atentos pois essa condição pode levar à falta de nutrientes necessários para crianças em desenvolvimento. Uma forma de lidar com isso é optar por suplementos vitamínicos que ajudam na absorção e na reposição dos componentes importantes. Nas farmácias de manipulação, é possível criar suplementos em balas, pirulitos, chocolates ou até mesmo em pó para misturar com bebidas, e esses formatos costumam ser mais atrativos para as crianças”, afirma a Head de Qualidade da Manipulaê, Regiele Viana.
Na mesma pesquisa da University of Massachusetts Medical School, o grau de seletividade alimentar de crianças com TEA foi definido em três domínios: recusa alimentar; repertório alimentar limitado e ingestão alimentar única de alta frequência.

Mas, afinal, como lidar com essa restrição? A Manipulaê separou três dicas para as mamães e papais. Confira: 
  1. Consulte os médicos: Caso esteja notando uma rejeição de alimentos por parte do seu filho, a melhor coisa a se fazer é levá-lo ao médico. Por meio de uma bateria de exames, são concluídos os diagnósticos, que inclusive podem indicar algum problema subjacente, auxiliando para o melhor tratamento.
  2.  Recorra à terapia alimentar: A terapia alimentar vem ganhando força a fim de ajudar em diferentes casos como anorexia, bulimia e até mesmo pacientes com diferentes idades que possuem o TEA. Nesse tipo de abordagem, os profissionais trabalham com as restrições por meio de receitas com diferentes formas de preparo para expandir o paladar dos pacientes.
  3.  Respeite o tempo: Um ponto muito importante é entender que esse momento de adaptação alimentar requer paciência e constância, estímulos lúdicos e conversas. O simples ato de reforçar a necessidade daquela refeição já é um pequeno passo que pode auxiliar na reeducação alimentar.