Renato Corradi

'a intervenção assistida por robôs faz diminuir significativamente as chances da complicação de disfunção erétil e pode até, em alguns casos, evitar este problema por completo'. diz o cirurgião uro-oncologista Renato Corradi

Arquivo pessoal

Há muito preconceito e desinformação acerca do câncer de próstata, principalmente por estar associado ao mito do exame "invasivo" no homem, algo que foi por muito tempo motivo de chacota por conta de um machismo injustificável. O ponto é que, hoje, o que importa mesmo é a informação que gera saúde e previne doenças. É fato que a disfunção erétil pode ser sim uma das complicações causadas pela cirurgia para a retirada deste câncer. Mas você sabia que essa é a opção mais segura contra este problema e pode ajudar a minimizá-lo ou até evitá-lo?
"Na cirurgia robótica, além de ser uma das alternativas mais indicadas para o tratamento do câncer de próstata, por ser menos invasiva e garantir muito mais precisão nos movimentos do cirurgião, a intervenção assistida por robôs faz diminuir significativamente as chances da complicação de disfunção erétil e pode até, em alguns casos, evitar este problema por completo", afirma o onco-urologista Renato Corradi, que já fez mais de três mil cirurgias deste tipo.

Além desta vantagem, o médico elenca outras, como: mais segurança ao paciente, alta tecnologia no procedimento, melhores resultados estéticos, menor risco de outras complicações e menor tempo de internação e recuperação.

O câncer e fatores de risco

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre o público masculino e apenas o câncer de pele não-melanoma fica na frente, de acordo com informações recentes divulgadas pelo Instituto Nacional de Câncer (InCA).

E não para por aí: a próstata é uma glândula muito afetada em razão do envelhecimento. Quando o homem é mais jovem, ela costuma ter o tamanho de uma ameixa, mas acaba crescendo com o avanço da idade. Esse crescimento é ainda mais comum em pessoas acima dos 50 anos.

"Por mais que a próstata aumentada seja um problema benigno, ela deve ser tratada, dependendo do caso. Isso porque, com o passar do tempo, ela pode trazer incômodos no dia a dia do paciente, que chega, inclusive, a correr o risco de sofrer com complicações urinárias", acrescenta o médico.

Fatores de risco

Segundo ele, o envelhecimento é um dos principais fatores de risco, já que homens mais velhos têm mais probabilidade de adquirir problemas na próstata. Existem, no entanto, outras questões que aumentam essa chance, como histórico familiar de doenças da próstata, obesidade e diabetes ou doenças cardíacas.