cinzeiro lotado de guimbas de cigarros

Caso a pessoa não consiga parar de fumar sozinha, o Inca sugere buscar locais que ofereçam tratamento

Gerd Altmann/Pixabay
O tabagismo é uma doença que afeta a saúde das pessoas, e deixar de fumar é essencial para uma vida mais saudável. No dia 31 de maio, celebra-se o Dia Mundial Sem Tabaco, uma ocasião dedicada a ações de conscientização sobre os perigos à saúde causados pelo consumo de cigarros. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) informa que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para quem deseja abandonar o vício. Entretanto, algumas pessoas optam por parar de fumar por conta própria, e nesses casos, orientações podem auxiliar na escolha do melhor caminho.

Segundo o Inca, é importante começar escolhendo uma data para ser o primeiro dia sem cigarro e torná-la uma ocasião especial. Para aumentar as chances de sucesso, é indicado não ter cigarros por perto e programar atividades prazerosas para se distrair e relaxar. 

As opções de abandono do cigarro incluem a parada imediata, em que a pessoa escolhe uma data e, a partir dela, deixa de fumar, e a parada gradual. No método gradual, é possível reduzir o número de cigarros fumados por dia ou adiar a hora em que se fuma o primeiro cigarro do dia, progressivamente. O Inca recomenda que o processo de parada gradual não ultrapasse duas semanas.
Caso a pessoa não consiga parar de fumar sozinha após seguir essas orientações, o Inca sugere buscar locais que ofereçam tratamento. O instituto é responsável pelo Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) e pela articulação da rede de tratamento do tabagismo no SUS, em parceria com estados, municípios e o Distrito Federal. É possível conhecer mais sobre o programa e encontrar locais de atendimento no site do Inca.

Síndrome de abstinência à nicotina

O uso de medicamentos, sempre sob supervisão médica, pode ajudar no processo de cessação do tabagismo, minimizando os sintomas da síndrome de abstinência à nicotina. Contudo, o Inca ressalta que os medicamentos devem ser usados em conjunto com uma abordagem correta e um acompanhamento intensivo. Entre os medicamentos disponíveis na rede pública estão a terapia de reposição de nicotina (adesivo transdérmico e goma de mascar) e o cloridrato de bupropiona.
 
A nicotina, presente em derivados do tabaco, é uma droga psicoativa que, quando inalada, provoca alterações no sistema nervoso central e pode levar à dependência. Essa dependência, considerada uma doença crônica, aumenta o risco de doenças, incluindo câncer pulmonar. Ao parar de fumar, é comum enfrentar sintomas de abstinência, como a fissura, a intensa vontade de fumar. O Inca aconselha que é importante saber que a fissura geralmente não dura mais que 5 minutos e tende a diminuir gradativamente sua intensidade.

Uma das principais preocupações de quem decide parar de fumar é o aumento de peso. O Inca esclarece que o ganho de peso após a cessação do tabagismo geralmente é temporário, ocorrendo nos primeiros meses após a interrupção. De acordo com o instituto, parar de fumar sempre vale a pena em qualquer momento da vida, mesmo que o fumante já apresente doenças causadas pelo cigarro, como câncer, enfisema ou derrame.