Gilda de Souza Esteves

Gilda de Souza Esteves faz musculação, spinning, corrida, circuito funcional e aulas coletivas de abdominal

Jair Amaral/EM/D.A Press

 

“Com o passar do tempo, à medida que envelhecemos e nos encaminhamos para a terceira idade, temos um processo natural do organismo, chamado de sarcopenia - queda da massa e da função muscular. A questão é que ela se inicia entre 30 e 40 anos. E a cada década vamos perdendo, em média, 8% de fibras musculares. Então, é por isso que escutamos que, nessa fase, é muito difícil o ganho de massa muscular. Mas é um processo completamente possível de ocorrer com um planejamento nutricional e exercícios físicos adequados”, esclarece Renata Brasil, nutricionista esportiva na Clínica Soloh de Nutrição e nutricionista dos atletas profissionais do Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte. 

 

Para que ocorra o ganho muscular, a especialista recomenda alguns pontos de atenção. “De forma geral, em primeiro lugar, precisamos de um treino muito eficiente, que desafie os músculos, estimulando a resistência para fazer com que eles trabalhem mais e, assim, consigamos atingir a hipertrofia, essa força nas nossas fibras musculares.” 

 

 

  

Aliar atividades com peso e exercícios aeróbicos, além de uma alimentação alinhada com o equilíbrio dos hormônios faz toda a diferença. “Principalmente nessa fase, as mulheres e homens têm uma diferenciação: elas entram na menopausa e eles na andropausa. Os níveis de testosterona já caem naturalmente. E esse é o hormônio responsável por atribuir ao corpo força e vigor, para que a pessoa treine mais e favoreça ainda mais o ganho de massa muscular”, comenta. 

 

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Renata Brasil destaca que as mulheres precisam ficar muito atentas à questão da reposição hormonal na menopausa. “Aquelas que sofrem com sintomas como calor excessivo, e, muitas vezes, chegam a ter de fazer reposição, podem ter um pouco de dificuldade, dependendo do tipo de hormônio usado. Por outro lado, dependendo do medicamento, elas terão mais facilidade, mas sempre combinando treino e dieta.” 

Renata Brasil, nutricionista

Renata Brasil, nutricionista: 'Precisamos de um treino que desafie os músculos, estimulando a resistência para fazer com que eles trabalhem mais'

Arquivo pessoal


Gilda de Souza Esteves, de 63 anos, sabe equilibrar bem essas funções. Depois da segunda gravidez, aos 40 anos, na qual engordou 21kg, ela aderiu à prática de atividades físicas, e, desde então, não parou mais.

 

“Atualmente faço musculação, spinning, corrida, circuito funcional e aulas coletivas de abdominal. Além disso, sigo um plano alimentar estabelecido por profissionais da área, apesar de já possuir bons hábitos alimentares adquiridos com o decorrer dos anos. Não costumo me alimentar de industrializados, embutidos, frituras e faço boa quantidade de ingestão de água diária.”  

 

 

INTERAÇÃO “Sinto que os benefícios do exercício físico são inúmeros, tanto para o individual, quanto para a convivência coletiva. Desde que aderi à prática, tudo em mim mudou para melhor. Minha autoestima e meu psicológico se mantêm ótimos, já que lido com diferentes personalidades de variadas idades. Além disso, consigo exercitar uma das coisas que mais gosto de fazer: conversar com muitas pessoas, cada uma com sua realidade.” 

 

De acordo com ela, se pudesse dar um conselho, seria investir na prática de atividades físicas. “O corpo e a mente agradecem. Nunca é tarde para adquirir bons hábitos e cuidar de si mesmo.”

 

Já a oftalmologista Carmen Guerra Lages, de 55 anos, faz atividades físicas regulares há 10 anos, especialmente musculação, ginástica aeróbica e funcional. Entre os benefícios, ela aponta bem-estar, disposição, saúde e melhor qualidade do sono. Também faço dieta low carb, mas eventualmente, saio da dieta sem culpa, pois consigo voltar à rotina com facilidade”, diz.

Na visão de Carmen, o mais importante é manter o foco e não desanimar. “Comece logo para você colher os frutos.”