Ingredientes:
- 300 ml de óleo, mais 2colheres (sopa)
- 300 ml de água
- 1 kg de polvilho doce
- 1 colher e meia (chá) de sal
- 14 a 18 ovos
Material
- Folhas de bananeira cortada em quadrados grandes
Modo de Preparo:
Pôr o polvilho e o sal em uma vasilha ou gamela. Levar o óleo ao fogo e retirar quando já estiver bem aquecido. Despejar sobre o polvilho, com bastante cuidado para não se queimar, e misturar com uma colher. Pôr a água para ferver e fazer o mesmo procedimento. Pôr seis ovos e amassar até a massa ficar bem lisa. Acrescentar o restante dos ovos, de dois em dois, e ir amassando até dar o ponto, que não pode ser muito mole.
Com a massa pronta, espalhar duas colheres de óleo na superfície, para não ressecar. Pôr a mistura em um saco de plástico, com um dos bicos cortado. Pôr as folhas de bananeira no tabuleiro, com a parte brilhante virada para baixo. Com o saco, espremer argolas em cada pedaço de folha, no tamanho e formato desejados. Pré-aquecer o forno por 10 minutos, a 190 graus. Pôr os biscoitos para assar e, depois que crescerem, diminuir a temperatura e deixar até dourar.
Cozinha histórica
A porteira aberta praticamente o dia todo e o cheirinho de quitanda no forno são convites irresistíveis para quem passa pela Rua Cunha do Quitão. É lá que Maria Dirce Nogueira e o marido, José Ramos, preparam deliciosas receitas que transportam os fregueses diretamente para a cozinha de suas mães e avós, ou para a de alguma fazenda da infância. O trabalho ali é duro: amassa daqui, enrola dali, tira um tabuleiro de lá, põe outro, e uma a uma das iguarias vão ficando prontas.O braço dói, a perna fica cansada, mas não há reclamação. Em vez disso há orgulho, estampado nos olhos do casal. "Graças aos biscoitos conseguimos estudar nossos cinco filhos", conta Dirce. Filha de uma prendada biscoiteira, ela teve na infância os primeiros ensinamentos da arte da cozinha. O marido, ex-motorista de ônibus, acabou sendo influenciado na lida dos fogões, ofício em que descobriu grande prazer.
Perguntado sobre a origem das receitas, ele dá seu parecer: "Isso é coisa antiga. Desde que Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil que o povo faz biscoitos".