Ingredientes:
Ingredientesbalas de abacaxi:
- 6 abacaxis médios, maduros
- 1,6 kg de açúcar cristal
- 3 limões-china
- 50 ml de glicose de milho
- Meio mamão médio, maduro
Ingredientestorrone de amendoim ou coco:
- 650 g de glicose de milho
- 12 claras
- 650 g de açúcar refinado
- 800 g de amendoim torrado e sem pele ou400 g de coco ralado sem açúcar
Modo de Preparo:
Bater o abacaxi e o mamão no liquidificador (separadamente). Pôr todos os ingredientes em uma panela ou tacho e deixar cozinhar, em fogo alto, até que a parte líquida seque e o doce pareça estar fritando. Outra forma de testar o ponto é colocar o doce em um prato e pôr água fria por cima. Se conseguir formar uma bolinha, está no ponto. Untar uma assadeira com margarina e despejar o doce. Esperar esfriar, fazer bolinhas e enrolar em papel celofane.
Coco
Em uma panela, cozinhar, em banho-maria, a glicose, o açúcar e as claras. Misturar a massa, sem parar, por duas horas ou até que ela esteja firme e desgrudando do dedo. Assim que der o ponto, acrescentar, ainda no fogo, o amendoim ou o coco e misturar bem. Retirar do fogo e despejar a massa em uma assadeira untada ou em uma bancada de mármore. Esperar esfriar um pouco, cortar a massa em pedaços e fazer cordões ou rolinhos.
Cortar, com uma tesoura, esses cordões em pedaços com cerca de 3 cm e enrolá-los em papel celofane.
Entre balas e letras
Se fosse fazer de sua vida um conto, a escritora e doceira Cecília Beatriz Portírio não pouparia as doses de emoção, determinação e amor. À frente da fábrica Docebom há 34 anos, ela divide o tempo entre tachos e livros, acreditando aprender muito com ambos. "Antes de o homem buscar a inteligência e o estudo, ele tem que estar de barriga cheia para ter força", reflete. Natural de Araxá e de uma família com tradição nos doces, ela se lembra com lágrimas no olhos do dia em que decidiu abrir a fábrica."A gente havia voltado de Belo Horizonte, porque meu marido não conseguiu se adaptar à capital. A primeira coisa que fiz foi pôr o tacho no fogo e preparar uma ambrosia", conta. Entre as lembranças, outra que sempre lhe vem à cabeça é a de uma broa de fubá que fez, no início dos anos 1990, para o então presidente Fernando Collor, que estava hospedado no Grande Hotel de Araxá. "Mandei entregar o bolo e depois de um tempo recebi um telegrama agradecendo.
Fiquei orgulhosa e pus o telegrama em um quadro na parede. Meu filho quis tirar, por causa das coisas erradas que o Collor teria feito, mas não deixei. Afinal, não é todo dia que se recebe um telegrama do presidente da República." A infância também tem espaço em suas memórias e sempre aparece, seja em um conto, seja nas balas de abacaxi, nos torrones ou doces cristalizados. Se perguntada sobre o que é mais difícil fazer, se escrever ou cozinhar, Cecília responde rápido: "Os dois.
E para ambos você têm que ter paixão, concentração e conhecimento do mundo". Palavra de quem entende bem das duas áreas.