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Estado de Minas ENTENDA

Bolsonaristas criticam chocolate KitKat depois de propor boicote ao Bis

Grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passa a consumir chocolate da Nestlé, mas marca já fez campanhas pró-LGBT


17/10/2023 10:43 - atualizado 17/10/2023 12:59
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Bolsonaro segura KitKat
Sergio Camargo publicou imagem em que Jair Bolsonaro segura chocolates KitKat, em campanha contra o Bis (foto: Reprodução / Twitter Sergio Camargo)

Chocolates se tornaram alvos de disputa entre grupos bolsonaristas nas redes sociais. Tudo começou após a Lacta, por meio do biscoito Bis, patrocinar o influenciador Felipe Neto, na semana passada. O youtuber é crítico ferrenho do antigo governo federal e, com isso, é visto como um dos “maiores inimigos” dos simpáticos à antiga gestão. Desde então, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começaram uma campanha pelo boicote da marca e a promover o KitKat, doce da Nestlé, que também possui placas de wafer cobertos por chocolate.


Durante o final de semana, foram diversos posts com a hashtag “Bis nunca mais”. A campanha uniu grandes nomes da direita, como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). O  ex-presidente da Fundação Cultural Palmares Sérgio Camargo (PL-SP) fez uma série de publicações contra o chocolate Bis.


Em contrapartida, os senadores governistas Randolfe Rodrigues (Sem Partido-AP) e Humberto Costa (PT-PE) posaram com chocolates em apoio a Felipe Neto. Fãs do influenciador levantaram a tag “Corujas pedem Bis”, em referência ao nome do fandom do YouTuber. 


Além das críticas ao Bis, os bolsonaristas publicaram diversas imagens divulgando o KitKat, como um vídeo em que a jornalista Janaína Xavier diz que o chocolate da Nestlé tem “gosto de infância” e é “muito melhor que o Bis”. Mas alguns internautas resgataram uma campanha de 2021 em que a marca comemora o orgulho LGBTQIAP+. 


Nos comerciais, aparecem casais de dois homens e duas mulheres, pessoas transexuais e drag queens. A campanha tem os motes “Give tradition a break”(dê um tempo à tradição) e “Pride takes no break” (o orgulho não tira pausa), com um trocadilho ao slogan da marca, “Have a break, have a KitKat”. Foi o suficiente para a marca passar a ser chamada de “lacradora”. 


“Kitkat tbm é empresa lacradora, acordem pessoal, vocês estão sendo manipulados”, escreveu o youtuber Monark. Enquanto muitos bolsonaristas dizem seguir com o raciocínio e prometem deixar de lado “qualquer chocolate” ou consumir só paçoca, outros criticam Monark e revelam que o motivo do boicote não é a marca, mas sim o garoto propaganda. “ A questão não é  o KitKat, mas sim o Felipe Neto. Se ele perder o patrocínio, assim como ele fez com várias pessoas, vai ser sucesso”, opinou um perfil. 

 

Nas redes sociais, o KitKat faz diversas postagens exaltando a diversidade. Já a campanha da Bis segue no ar. Em comunicado à imprensa, a Lacta / Mondelez informou que  “suas contratações de influenciadores estão relacionadas unicamente a sua relevância no universo gamer e de entretenimento, sem qualquer vínculo ou apoio político de qualquer natureza. Como líder no mercado de snacks no Brasil e no mundo, a Mondelez reafirma seu absoluto respeito à diversidade de opiniões”.


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