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Estado de Minas MINISTRO DO STF

Suspeitos de hostilizar Moraes devem pedir imagens à Justiça italiana

Defesa da família suspeita de hostilidade ao ministro do STF avalia pedir às autoridades judiciais italianas as imagens do aeroporto de Roma


22/07/2023 13:45 - atualizado 22/07/2023 14:01
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Alexandre de Moraes
Ministro Alexandre de Moraes relatou ter sido chamado de 'bandido', 'comunista' e 'comprado' por um grupo no aeroporto de Roma, na Itália (foto: Sérgio Lima / AFP)

 

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A defesa da família investigada sob suspeita de hostilidade ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)) Alexandre de Moraes afirma que avalia pedir às autoridades judiciais italianas as imagens do aeroporto de Roma.

A Polícia Federal ainda aguarda os vídeos das câmeras de segurança do terminal para averiguar a conduta de brasileiros. Segundo fontes da polícia, a Interpol já recebeu o material, mas só pode encaminhá-lo ao Brasil após liberação da Justiça italiana.

A defesa diz temer não ter acesso imediato ao material após disponibilizado às autoridades brasileiras. "É justo que ambas as partes recebam o material, em igual tempo, podendo analisá-lo na sua plenitude", diz em nota o advogado Ralph Tórtima Filho.


Leia: Autoridades repercutem agressão ao ministro Alexandre de Moraes em Roma.
 

"Já solicitamos acesso às imagens nos autos que tramitam no STF. Aguardamos uma decisão nesse sentido. É muito importante que haja respeito à chamada ‘paridade de armas’, permitindo que a defesa também receba, com agilidade, cópia das imagens fornecidas pela Itália."

Chamado de bandido

 

O ministro relatou ter sido chamado de "bandido", "comunista" e "comprado" por um grupo no aeroporto de Roma e que seu filho –o advogado Alexandre Barci de Moraes, 27 – sofreu uma agressão, fazendo com que os óculos caíssem no chão, no dia 14.

A polícia investiga o casal Roberto Mantovani Filho e Andreia Munarão, que também estava com Alex Zanata Bignotto, seu genro, e com Giovanni Mantovani, seu filho.


Leia:  Bolsonaro nega plano em reunião para gravar Alexandre de Moraes.

Na área de embarque do aeroporto internacional de Roma, os responsáveis pelas hostilidades se aproximaram e dirigiram ofensas ao ministro, segundo investigadores.


A família admite ter havido o que chama de "entrevero", mas nega ter hostilizado Moraes e afirma que apenas reagiu a ofensas recebidas. Tórtima disse inicialmente que Mantovani "afastou" o filho do magistrado com o braço, mas, em entrevista ao UOL, afirmou não haver clareza se pode ter sido "um empurrão ou um tapa".

 

Sem motivação política

A defesa também busca reforçar que não houve motivação política no caso, mas uma confusão com pessoas que não se sabiam ligadas ao ministro, iniciada por um assunto relacionado à entrada na sala VIP do aeroporto. A discussão teria começado com Andeia e uma mulher e um homem.

 

Segundo o advogado, o vídeo gravado pela família e entregue à PF na quarta-feira (19) mostra a interação do ministro em momento que ele busca retirar o filho, que está fora da sala VIP. Ainda segundo a defesa, o vídeo foi fornecido na íntegra.

Na terça (18), o empresário Roberto Mantovani Filho e a esposa Andreia Munarão foram alvos de ação de busca e apreensão ordenada pela presidente do STF, ministra Rosa Weber.

Especialistas ouvidos pela Folha consideram que a ação deveria ser conduzida na primeira instância, não no Supremo, porque o empresário suspeito e demais envolvidos não têm foro especial.

A defesa afirma que houve desproporcionalidade no tratamento dado aos suspeitos.

Moraes participou na Itália de um fórum internacional de direito realizado na Universidade de Siena. Ele compôs mesa no painel Justiça Constitucional e Democracia, da qual participou ainda o ministro André Ramos Tavares, integrante também do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

 


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