
Lula destacou que, na semana passada, a Organização das Nações Unidas (ONU) informou que 735 milhões de pessoas não tinham o que comer, das quais 21,1 milhões estão no Brasil. Diante dessa tragédia, o líder brasileiro assinalou que é preciso disposição para se chegar a um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia, que travam uma guerra nas franjas da Europa.
Isso passa, inclusive, por profundas reformulações em instituições como o Conselho de Segurança da ONU. “Precisamos superar os grandes desafios que temos diante de nós, e isso implica mudanças sistêmicas profundas. Dividir o mundo em blocos antagônicos seria uma insensatez.
“A guerra na Ucrânia é mais uma confirmação de que o Conselho de Segurança das Nações Unidas não atende aos atuais desafios à paz e à segurança. Seus próprios membros não respeitam a Carta da ONU”, assinalou o presidente, reforçando que, o Brasil repudia veementemente o uso da força como meio de resolver disputas e sanções comerciais.
“O Brasil apoia as iniciativas promovidas por diferentes países e regiões em favor da cessação imediata de hostilidades e de uma paz negociada. Recorrer a sanções e bloqueios sem o amparo do direito internacional serve apenas para penalizar as populações mais vulneráveis”, frisou.
Ele ainda reclamou que os países ricos ficaram de destinar, a partir de 2009, US$ 100 bilhões por ano às nações em desenvolvimento para compensar “o mal de causaram ao planeta”, mas essa ajuda nunca chegou.
