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Estado de Minas ESTADOS UNIDOS

Biden recebe Lula hoje na Casa Branca

Antes, Lula se reune com senador Bernie Sanders e com deputados do partido Democrata


10/02/2023 04:00 - atualizado 10/02/2023 07:01

Lula e Biden discutirão democracia, direitos humanos e meio ambiente, segundo o governo brasileiro
Lula e Biden discutirão democracia, direitos humanos e meio ambiente, segundo o governo brasileiro (foto: DOUGLAS MAGNO/AFP - MANDEL NGAN/AFP)

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá hoje, na Casa Branca, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O mandatário brasileiro desembarcou no fim da tarde de ontem em Washington. “Queremos construir relações de parceria e crescimento entre nossos países, pelo desenvolvimento da nossa região, debater ações pela paz no mundo e contra as fake news”, escreveu Lula nas redes sociais.

Antes do encontro com Biden, Lula se reunirão com o senador Bernie Sanders, com deputados do partido Democrata e com representantes da Federação Americana de Trabalho e Congresso de Organizações Industriais.
O Ministério das Relações Exteriores informou que a pauta do encontro com Biden terá três temas centrais: democracia, direitos humanos e meio ambiente. Os dois presidentes devem discutir como os dois países podem continuar trabalhando juntos para promover a inclusão e os valores democráticos na região e no mundo.

Lula e Biden foram eleitos e assumiram seus mandatos em contextos parecidos, sob acusação de supostas fraudes eleitorais e em meio a tentativas de golpe. A exemplo das invasões das sedes dos três Poderes, em 8 de janeiro, o Capitólio, sede do Legislativo norte-americano, foi atacado em janeiro de 2021 por radicais insatisfeitos com a derrota eleitoral de Donald Trump para Joe Biden.

O secretário das Américas do Itamaraty, embaixador Michel Arslanian Neto, lembrou que Lula conversou recentemente com Biden, por telefone, em duas oportunidades. A primeira, quando foi declarado vencedor das eleições presidenciais, em outubro do ano passado, e a segunda em 9 de janeiro, um dia após os atos golpistas em Brasília.

“Os dois países estão experimentando desafios semelhantes, uma preocupação comum com o tema da radicalização, violência política, com o tema do uso das redes [sociais] para a difusão de desinformação e discurso de ódio. Então, com as duas principais democracias do mundo se reunindo em seu mais alto nível, será uma oportunidade ímpar para que enviem uma mensagem de forte apoio a processos políticos, sem recursos a extremismos, à violência e com o uso adequado das redes sociais”, afirmou o embaixador.

Já na área ambiental e de mudanças do clima, o Brasil pretende se apresentar como ator ativo e comprometido com suas obrigações de reativar os instrumentos de proteção ambiental, mas também pretende buscar engajamento dos países envolvidos, para cumprimento de suas obrigações em termos de financiamento na área climática. Sobre a pauta relacionada a direitos humanos, devem ser debatidos temas como o combate à fome e à pobreza em âmbito global, os direitos dos povos indígenas e o combate ao racismo, além da integração dos 2 milhões de brasileiros que vivem nos Estados Unidos – maior comunidade do Brasil no exterior.

A secretária do Departamento do Interior dos Estados Unidos, Deb Haaland, foi líder da delegação norte-americana na posse de Lula, em nome do presidente Joe Biden. Haaland é responsável pelas políticas dos povos indígenas em seu país, e quando esteve em Brasília encontrou-se com a presidente da Funai, Joenia Wapichana. Na esfera econômica, o governo brasileiro busca a dinamização de investimentos, em particular na transição energética e geração de energia limpa, e uma maior integração das cadeias produtivas. Ambos os líderes conversarão, igualmente, sobre as principais questões da agenda internacional, como paz e segurança e governança no G-20.

Os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil e principal destino das exportações de produtos industrializados. No ano passado, o intercâmbio total entre os dois países foi de cerca de US$ 88,7 bilhões, valor inédito na série histórica. Além disso, é o país com o maior estoque de investimentos no Brasil, estimado em US$ 123 bilhões.

COMITIVA  

A viagem de Lula a Washington atende ao convite de Joe Biden. Ele ficará hospedado na Blair House, residência oficial onde o presidente dos Estados Unidos recebe os convidados mais importantes. Integram a comitiva a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, e os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira; da Fazenda, Fernando Haddad; do Meio Ambiente, Marina Silva; e da Igualdade Racial, Aniellee Franco. Também acompanham o presidente o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Elias Rosa; o líder do governo no Senado, Jacques Wagner; e o assessor-chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, embaixador Celso Amorim. O retorno ao Brasil está previsto para amanhã.

Os Estados Unidos são o terceiro país visitado por Lula, desde que assumiu o mandato. Em janeiro, ele esteve na Argentina e no Uruguai, onde tratou das relações bilaterais entre os países, a integração da América Latina e o fortalecimento do Mercosul, o bloco econômico composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Também estão previstas viagens para China e Portugal nos próximos meses. Lula também recebeu convite do presidente da França, Emmanuel Macron, para visitar o país.


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