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Estado de Minas TRANSIÇÃO

Lula e os novos ministros; Minas continua de fora do ministério

Lula anuncia ocupantes de mais 16 pastas, mas sem contemplar nomes mineiros. Saúde terá a primeira mulher no comando


23/12/2022 04:00 - atualizado 23/12/2022 07:12

Em cerimônia no CCBB de Brasília, o presidente eleito disse que ainda restam 13 ministros para serem definidos, mas que o anúncio deve ser feito no começo da próxima semana
Em cerimônia no CCBB de Brasília, o presidente eleito disse que ainda restam 13 ministros para serem definidos, mas que o anúncio deve ser feito no começo da próxima semana (foto: Evaristo Sá/AFP)

Brasília – O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou nessa quinta-feira o nome de 16 novos ministros do seu próximo governo, que começa oficialmente em menos de 10 dias. O anúncio foi feito em uma coletiva de imprensa transmitida ao vivo do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Segundo Lula, ainda restam 13 indicações para que a próxima Esplanada fique completa. Apesar de ele ter prometido durante a campanha ampla representatividade no governo e de Minas ter sido considerado um estado-chave na apertada disputa do segundo turno das eleições, ainda não há nenhum integrante mineiro na equipe. Políticos e empresários esperam que nomes do estado sejam anunciados na semana que vem.

Na cerimônia de ontem, Lula e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, apresentaram antes um relatório sobre os trabalhos do grupo de transição. No documento, o novo governo apontou falhas na liderança de Bolsonaro. Lula convocou a coletiva ainda na noite de quarta-feira, logo após a aprovação pelo Congresso da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição.

“É mais difícil montar um governo do que ganhar eleições. Nós estamos tentando fazer um governo que represente no máximo que a gente puder as forças políticas que participaram conosco da campanha”, afirmou o presidente eleito. “Quero dizer para os companheiros que ainda não foram contemplados que nós vamos contemplar as pessoas que nos ajudaram, porque somos devedores”, acrescentou.

Até então, haviam sido confirmados Fernando Haddad, na Fazenda; Flávio Dino, na Justiça e Segurança Pública; José Múcio Monteiro, na Defesa; Rui Costa, na Casa Civil; e o embaixador Mauro Vieira, nas Relações Exteriores. A cantora Margareth Menezes, que foi convidada por Lula e aceitou assumir o Ministério da Cultura, ainda não tinha sido oficialmente anunciada.

Embora Lula tenha declarado, em novembro, que Geraldo Alckmin (PSB) não disputaria vaga de ministro por ser vice-presidente (eleito), o ex-governador de São Paulo teve o nome oficializado para o comando do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e acumulará as duas funções. O nome de Alckmin ganhou força diante da recusa de empresários para o posto. Josué Gomes da Silva, da Coteminas, e Pedro Wongtschowski, do grupo Ultra, declinaram do convite.

O senador eleito Wellington Dias (PT-PI) foi designado para chefiar o Ministério do Desenvolvimento Social, pasta pleiteada pela senadora Simone Tebet (MDB-MS). O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) ficará com o Ministério dos Portos e Aeroportos, fatia do atual Ministério da Infraestrutura. A cúpula da legenda se reuniu na véspera do anúncio com Alckmin e, em seguida, com Lula.

PRIMEIRAS MINISTRAS


Ainda na área econômica, entre as mulheres, Esther Dweck vai liderar uma pasta criada especificamente para gestão. Quem vai ocupar o Ministério do Planejamento continua em aberto. O economista André Lara Resende chegou a ser convidado, mas resiste à proposta.
Presidente da Fiocruz, Nísia Trindade foi a escolhida para comandar o Ministério da Saúde. A socióloga é a primeira mulher a ocupar o cargo em quase 70 anos de história da pasta. Vice-governadora de Pernambuco e presidente do PCdoB, Luciana Santos chefiará o Ministério da Ciência e Tecnologia.

Anielle Franco, irmã da ex-vereadora do Psol assassinada Marielle Franco, será ministra da Igualdade Racial. Especialista em violência de gênero, Cida Gonçalves ficará à frente do Ministério das Mulheres. Já Margareth Menezes foi oficializada como a ministra da Cultura no governo Lula, que prometia desde a campanha alçar a atual secretaria ao status de ministério.

O ex-governador do Ceará e senador eleito Camilo Santana (PT) foi confirmado como futuro ministro da Educação. O escolhido por Lula para comandar o Ministério do Trabalho, por sua vez, foi o deputado federal eleito Luiz Marinho (PT-SP). Para o Ministério dos Direitos Humanos, o indicado foi o advogado Silvio Almeida. A Secretaria de Relações Institucionais vai para as mãos do deputado Alexandre Padilha (PT). De perfil conciliador e bom trânsito no Congresso, ele já esteve à frente da pasta há 14 anos.

Já o ministro da Secretaria-Geral da Presidência será o deputado federal Márcio Macedo (PT-SE), tesoureiro da campanha petista. A Controladoria-Geral da União (CGU) ficará com Vinicius Carvalho, advogado e ex-presidente do Cade. A Advocacia-Geral da União (AGU), com Jorge Messias, que foi da Subchefia para Assuntos Jurídicos de Dilma Rousseff.

LARGADA


O presidente eleito deu a largada na definição de nomes de seus futuros ministros em 9 de dezembro, quando anunciou que Flávio Dino (PSB) iria para o Ministério de Justiça e Segurança Pública e Rui Costa (PT) para a Casa Civil. Lula também confirmou na ocasião a indicação de José Múcio Monteiro para a Defesa; Fernando Haddad (PT) para a Fazenda; e Mauro Vieira para o Itamaraty.

Após indicar os novos nomes do primeiro escalão do seu governo, o presidente eleito afirmou não ter “vergonha de dizer” que a cúpula quer também “ministros políticos” e, em seu discurso, fez um aceno a outras siglas. “Queria que os ministros e as ministras, ao montarem, seu governo levassem em conta a pluralidade das pessoas que participaram da campanha, que cada pessoa tente montar governo colocando gente diversa, gente de outras força políticas que nos ajudaram, porque somente assim a gente vai contemplar o espectro de gente que participou dessa comissão de transição”, afirmou.


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