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Estado de Minas Eleições 2022

Cleitinho vence e engrossa presença bolsonarista no Senado

Candidato de Jair Bolsonaro, o mineiro conquistou mais de 4 milhões dos votos válidos, superando Alexandre Silveira (PSD) e Marcelo Aro (PP)


03/10/2022 04:00 - atualizado 03/10/2022 15:12

 Cleitinho (PSC)
Cleitinho (PSC) (foto: TV Alterosa Centro-Oeste)


Apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), Cleitinho Azevedo (PSC) foi eleito senador por Minas Gerais com mais de 4 milhões de votos, o que representa 41,53% do votos válidos no estado para o cargo. Ele superou Alexandre Silveira (PSD) e Marcelo Aro (PP), que ficaram respectivamente em segundo e terceiro lugares.
 
"Trabalhei os 45 dias de campanha, rodei o estado inteiro, tenho um trabalho prestado para Divinópolis e Minas Gerais, com vários projetos e fiscalização, então a gente colheu o que plantou”, comemorou Cleitinho durante festa com seus apoiadores em Divinópolis, no Centro-Oeste do estado, domicílio do candidato.
 

"Trabalhei os 45 dias de campanha, rodei o estado inteiro, tenho um trabalho prestado para Divinópolis e Minas Gerais, com vários projetos e fiscalização, então a gente colheu que plantou"

n Cleitinho (PSC)

 
 
Em 2016, foi eleito vereador na cidade com 3.023 votos, muitos dele frutos de vídeos criticando e parodiando políticos. Entre os alvos dele, estavam Bolsonaro, Marco Feliciano e outros políticos de direita e extrema direita, que posteriormente se tornariam aliados. Na época, ele trabalhava com os pais e irmãos no hortifruti da família.
 
Segundo o senador eleito, em entrevista ao Estado de Minas, seu objetivo no Congresso é "dar força aos municípios. Continuar fazer o que eu faço, que é fiscalizar e poder trazer mais recurso para região".
 
Cletinho também falou sobre uma troca de farpas e acusações entre ele e Aro nos últimos dias. O candidato progressista havia dito que "o candidato (Cleitinho Azevedo) é completamente despreparado para esta missão (ser senador)".
 
"Isso foi uma questão de desespero. Ele estava pontuando embaixo e infelizmente a política tem essas baxarias. Na hora que começa a acabar as eleições, eles começam a inventar coisas. O que eu passei essa semana... mas Deus está vendo", comentou.
 
Em vídeo divulgado pelo candidato em suas redes sociais, entre felicitações pelo resultado e gritos favoráveis a Bolsonaro no segundo turno, também se ouve gritos de "STF pode esperar que a sua hora vai chegar".
 
Em outra postagem, o senador eleito postou foto com o Bolsonaro e os deputados eleito Nikolas Ferreira (PL) e Bruno Engler (PL), os principais cabos eleitorais do presidente no estado.

Avaliação da vitória de Cleitinho


Ex-prefeito de Belo Horizonte e segundo colocado ao governo de Minas neste pleito, Alexandre Kalil (PSD) também comentou a eleição ao Senado.
 
“Depois da eleição do Cleitinho para o Senado, nós temos que avaliar como essa política está andando", comentou o pessedista. "Não estou falando mal do Cleitinho não. Estou falando que ele foi para a internet, botou a camisa do América, andou com Bolsonaro duas ou três vezes. Não vem colocar na conta do Bolsonaro a eleição dele não. Botou a camisa do América e saiu conversando com o povo”, complementou o ex-prefeito de Belo Horizonte.
 
Ao longo de toda a campanha, Cleitinho fazia uso de camisa de clubes de futebol durante entrevista e no corpo a corpo com o eleitorado.

Cumprimentos do adversário

 
Com 35,79% dos votos do eleitorado mineiro, Alexandre Silveira (PSD) cumprimentou e desejou muito sucesso, ao senador eleito Cleitinho Azevedo (PSC) pelos próximos oito anos, tempo que dura o mandato na Casa.
 
Silveira integrou a chapa liderada por Alexandre Kalil (PSD) e André Quintão (PT), candidatos a governador e vice em Minas Gerais. A coligação recebeu o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
 
"Nos últimos 45 dias percorri toda Minas Gerais, conversei muito, vi de perto a realidade do nosso povo. Agradeço muito a confiança de todos pelos mais de 3,6 milhões de votos. Continuo minha jornada, buscando honrar minha história, minha família, meu Estado e a confiança de todos", publicou o pessedista em suas redes sociais.
 
Marcos Pontes
Ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes (PL) foi o senador mais votado em todo país (foto: Redes Sociais/Reprodução)
 Sergio Moro
Sergio Moro, ex-ministro de Bolsonaro, conquistou a vaga pelo Paraná (foto: Redes Sociais/Reprodução)
 
Bolsonaristas têm vitória no Senado
 
As eleições desse domingo marcaram uma vitória dos senadores apoiados por Jair Bolsonaro no país. Entre os 27 políticos que vão para a Casa, 16 são apoiados abertamente pelo presidente. Já os eleitos com o apoio de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram sete.
 
Quatro postulantes foram eleitos sem o apoio de nenhum dos dois presidenciáveis. Curiosamente, todo são filiados ao União Brasil, partido que acertou na última semana a fusão com o Progressistas, partido da base do atual governo.
 
Ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Astronauta Marcos Pontes (PL) foi o postulante ao cargo mais votado em todo país. Com 10.714.232 milhões de votos, ele foi escolhido por 49,68% em São Paulo. O engenheiro foi a preferência do candidato ao PL para concorrer ao cargo e contou com amplo apoio.
Em Minas Gerais, Cleitinho Azevedo (PSC), segundo senador com maior votos totais no Brasil, também foi fortemente apoiado por Bolsonaro.
 
Ex-Ministra da Mulher, da Família e do Direitos Humanos Damares Alves foi a preferida por 44,98% dos brasilienses. De 2015 a 2018, antes de assumir o ministério, Damares foi assessora do senador Magno Malta (hoje no PL), também eleito neste pleito para o mesmo cargo.
 
Completam a lista de bolsonaristas eleitos Jorge Seif (PL) em Santa Catarina; Tereza Cristina (PP) no Mato Grosso do Sul; Wellington Fagundes (PL) no Mato Grosso; Wilder Morais (PL) em Goiás; Romário Faria (PL) no Rio de Janeiro; Laércio Oliveira (PP) em Sergipe; Rogério Marinho (PL) no Rio Grande do Norte; Alan Rick (União Brasil) no Acre; Jaime Bagattoli (PL) em Rondônia; e Hiran Gonçalves (PP) em Roraima.
 
No Nordeste, seis dos nove novos senadores foram apoiados pelo ex-presidente Lula. Entre eles, Camilo Santana (PT), que recebeu o maior percentual de votos entre todos os candidatos eleitos com 69,59% no Ceará.
 
Fora da região Nordeste, o Pará foi o único a eleger um senador ligado aos petistas. O agricultor Beto Faro (PT), informalmente apoiado pelo governador eleito Helder Barbalho (MDB), recebeu 42,2% dos votos válidos no estado, derrotando o candidato bolsonarista Mario Couto (PL).
 
O ex-juiz Flávio Dino (PSB) foi eleito senador no Maranhão com 61,84% dos votos. Ex-governador do estado, ele foi atacado por Bolsonaro ao longo dos últimos quatro anos.
 
Wellington Dias (PT) no Piauí, Teresa Leitão (PT) em Pernambuco, Otto Alencar (PSD) na Bahia e Renan Filho (MDB) em Alagoas completam a lista de apoiados por Lula.

UNIÃO BRASIL Quatro dos cinco senadores do União Brasil eleitos, não foram apoiados oficialmente por nenhum dos candidatos. Entretanto, alguns deles, como o ex-ministro da Justiça Sergio Moro se posiciona abertamente contra o candidato petista, apesar de também ser criticado por Jair Bolsonaro, seu ex-aliado. Durante a campanha, Moro pediu que os opositores ao ex-presidente Lula se unissem a ele.
 
Além dele, Davi Alcolumbre no Amapá, Professora Dorinha no Tocantins e Efraim Filho na Paraíba são os outros senadores eleitos do partido. 


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