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Estado de Minas ENTREVISTA

'MG não pode ficar sem Rodoanel', diz líder tanqueiro candidato ao Senado

Irani Gomes, que concorre ao Congresso pelo PRTB, criticou a Petrobras pela política de preços de combustíveis e defendeu o Auxílio Brasil


08/09/2022 06:00 - atualizado 08/09/2022 12:22

O líder tanqueiro Irani Gomes, candidato do PRTB ao Senado
Irani Gomes (foto) é o candidato do PRTB ao Senado Federal (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press - 6/9/22)
Candidato do PRTB mineiro ao Senado, o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG), Irani Gomes, mira a infraestrutura como pauta prioritária em sua candidatura ao Senado. Defensor da construção de um Rodoanel na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ele critica a malha rodoviária do estado e diz ser a favor da manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600. Apoiador de Jair Bolsonaro (PL), o postulante, que também é pastor evangélico, minimizou o fato de o presidente apoiar Cleitinho Azevedo (PSC) na disputa pela vaga mineira ao Senado. Altamiro Alves, do PTB, também tenta se cacifar na esteira do bolsonarismo.

"Um estado do tamanho de Minas Gerais não pode ficar sem um Rodoanel", disse ele ao "EM Entrevista", podcast de Política do Estado de Minas. Apesar da defesa, o líder tanqueiro defendeu o aprofundamento das conversas a respeito do tema com as gestões de cidades como BH e Contagem, que serão afetadas pela possível obra.

Paralelamente à sua candidatura, Irani Gomes mantém atuação no setor de combustíveis. Ele afirma que a política de preços adotada pela Petrobras é a principal responsável pela crise no setor. Avalia que há insatisfação dos tanqueiros e empresários do ramo após a distribuidora diminuir em R$ 0,25 o custo da gasolina, mas manter o valor do diesel congelado.

Irani Gomes não descartou, inclusive, uma paralisação do setor. "A questão é a política de preços da Petrobras, que tem de se explicar sobre porque o diesel ultrapassou tanto a gasolina", protestou.

A íntegra dessa entrevista pode ser conferida no canal do Portal Uai no YouTube.



A Petrobras diminuiu em R$ 0,25 o preço da gasolina nas refinarias, mas não mexeu no valor do diesel. Na segunda, o senhor, como presidente do Sindtanque, mostrou insatisfação com a decisão. De 1 a 10, qual a chance de nova paralisação da categoria?
Se eu fosse escalonar, estaria acima de 7, porque há uma insatisfação muito grande por eles não estarem olhando o lado (de quem precisa) do óleo diesel. Foi uma briga muito grande da categoria para a redução do ICMS dos combustíveis, e não só do diesel. Foi dada atenção especial à gasolina e ao etanol, e não ao diesel. Historicamente, no país, nunca tivemos o diesel com valor acima da gasolina. Pedimos uma explicação à Petrobras e ao governo federal sobre porque o diesel está com (valor) bem mais alto do que o do preço da gasolina. Bolsonaro sempre criticou a paridade dos preços aos custos de importação.

Como analisa a postura do presidente diante da crise dos combustíveis?
A Política de Paridade Internacional (PPI) foi assinada em 2016, pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), acabando com o preço nacional e passando à paridade de preços de importação. A gente não pode estabilizar um culpado, porque houve uma mudança no governo anterior - e, no momento, não há como simplesmente voltar atrás. O governo Bolsonaro tem feito muitos esforços e zerou, por um momento, o PIS/Cofins dos combustíveis, mas não foi suficiente, porque o maior imposto é o ICMS, estadual.

No Brasil, temos déficit de 30% a 40% de combustível entre o que consumimos e o que refinamos. Precisamos de uma parte de combustível importado, e veio a guerra na Ucrânia. Foi um trâmite difícil. Agora, está se estabilizando. A questão é a política de preços da Petrobras, que tem de se explicar sobre porque o diesel ultrapassou tanto a gasolina. Está todo mundo à mercê, sem entender.

O senhor e o PRTB apoiam Bolsonaro, mas o candidato dele ao Senado é Cleitinho Azevedo (PSC), que já foi criticado pelo senhor. Como analisa a situação?
Não quero interferir sobre a escolha do presidente. Escolhi apoiá-lo devido (a ele ter) as características que tenho (e) o governo que ele está exercendo. Não é porque ele não me apoiou que vou deixar de apoiá-lo.

Mas, além do senhor e de Cleitinho, há outro candidato bolsonarista ao Senado: o pastor Altamiro Alves (PTB). O que tem de diferente deles?
Tenho uma vida política não-partidária e empresarial bem mais ativa do que os dois, devido ao longo tempo em que vou aos governos buscar melhorias - não somente para a categoria, porque o combustível é uma mola propulsora para a economia do país.

Exceção feita à pauta dos combustíveis, qual será a sua prioridade parlamentar caso eleito senador?
Gosto muito da infraestrutura. Nosso estado tem a maior malha rodoviária do país e não temos, ainda, um Rodoanel. As nossas estradas são muito ruins. Temos muita dificuldade de transitar em Minas, em vias que ligam a outros estados, em pistas que não são duplicadas. Temos uma rodovia perigosíssima, a BR-381 sentido Espírito Santo, que mesmo duplicada, ainda tem muitos problemas que precisam ser revistos.

O senhor citou a necessidade de um Rodoanel, mas o tema encontra resistência nas prefeituras de Belo Horizonte, Contagem e Betim. Se eleito, pensa em agir para desfazer o imbróglio entre as cidades e o governo estadual?
O Rodoanel é mais que necessário no nosso estado. Um estado do tamanho de Minas Gerais não pode ficar sem um Rodoanel. É preciso acertos, conversar mais. Tem de influenciar a população. A população vai ser parte dessa construção. Vai ter que destituir algumas propriedades para poder passar o Rodoanel. Falta uma melhor discussão. Tem de se fazer mais reuniões com quem vai ser atingido, porque vemos algumas coisas que desfavorecem a população. O Rodoanel não é pra desfavorecer, mas para favorecer.

 


Paralelamente à sua candidatura, Irani Gomes mantém atuação no setor de combustíveis. Ele afirma que a política de preços adotada pela Petrobras é a principal responsável pela crise no setor. Avalia que há insatisfação dos tanqueiros e empresários do ramo após a distribuidora diminuir em R$ 0,25 o custo da gasolina, mas manter o valor do diesel congelado.

Irani Gomes não descartou, inclusive, uma paralisação do setor.

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Se eleito, o senhor vai defender o Auxílio Brasil de R$ 600?
Com certeza. Precisamos olhar para a economia do país no próximo quadriênio. Qual é a necessidade da população? Se a necessidade é de manter (o auxílio), tem de manter É necessário manter, porque acabamos de sair de uma (fase aguda da) pandemia. Tem que se pautar se o país tem condições de permanecer com esse auxílio.

Mas há orçamento para isso?
Se não tem, tem que se criar. Às vezes, a gente tem que descalçar um lado para calçar o outro, desde que não traga prejuízo. A União precisa ver de onde angariar fundos, fazer um estudo sobre onde mexer para permanecer com o auxílio, que está sendo muito benéfico. Acredito que vá permanecer, pois o Brasil tem condições econômicas para isso. acredito


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