
Cada participante terá de responder perguntas sobre segurança pública, saúde, educação e economia no país formuladas por jornalistas do Correio ou enviadas por leitores, por meio do site do jornal. Será possível utilizar o espaço de comentário enquanto a sabatina vai ao ar. Neste primeiro ano pós-pandemia, o tema sobre os impactos da covid-19 na sociedade brasileira deverão ser parte importante do debate.
A sabatina começa às 10h, com o presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição. Ele ainda não confirmou a participação. Na sequência, participam Vera Lúcia (PSTU), Ciro Gomes (PDT), Felipe D'Avila (Novo), Luciano Bivar (União Brasil) - a confirmar, Sofia Manzano (PCB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - a confirmar, Pablo Marçal (Pros) e Simone Tebet (MDB). Convidado, o candidato André Janones (Avante) desistiu da sabatina.
Planos de governo
Para o cientista político Alexandre Pereira da Rocha, eventos como a sabatina do Correio promovem a apresentação de ideias dos candidatos enquanto permitem ao público apresentar as suas próprias provocações, principalmente, quando estabelecem os limites e conflitos desses representantes.
"Os debates e sabatinas são muito importantes para que os candidatos se apresentem. É importante participar do processo de discussão para o esclarecimento eleitoral, e que esses candidatos sejam desafiados com propostas e temas diversos daqueles que estão acostumados nos discursos", avalia.
Segundo o especialista, "nas redes sociais, o candidato está num palanque. Agora, como vai a uma sabatina, ele demonstra o conhecimento que os eleitores terão a respeito dele. É muito importante porque, na arena política, quanto mais for esclarecido o papel que o candidato estaria apresentando para um possível governo, mais o eleitor terá como referência para questionar o papel desse candidato caso venha a ser eleito".
O cientista político e sociólogo Antônio Flávio Testa, da Universidade de Brasília (UnB), ressalta que a sabatina também serve para que os candidatos apresentem os planos de governo, principalmente, quanto às suas diretrizes centrais. "O Brasil vive uma situação dramática econômica, social e política. Por isso, o debate entre presidenciáveis deveria, a meu ver, focar em questões estratégicas sobre como vencer a inflação e gerar empregos."
Para o professor, temas como violência e reforma do Poder Judiciário deverão nortear os debates ao longo do ano eleitoral. "Diminuir a violência, reformar o sistema judiciário estruturalmente, aproveitar as riquezas naturais de forma sustentável, tornar o Brasil competitivo e estimular a juventude a participar da construção do seu futuro são alguns dos temas mais importantes."
Além disso, Testa aponta que a retomada da indústria no Brasil é um ponto a ser observado nos projetos a serem defendidos pelos entrevistados. "(O Brasil precisa) Desenvolver uma política industrial, energética e ambiental competitiva, reformular a política nacional de ensino e aperfeiçoar o SUS e lutar contra os cartéis da saúde e medicamentos e vacinas. Daí a importância de cobrar dos candidatos saídas factíveis e realistas para a crise", destaca.
