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Estado de Minas NINHO TUCANO

Presidenciável, Doria chama governo federal de 'genocida' e mira PSDB unido

Vencedor das prévias tucanas teceu críticas a Lula e ao PT e afirmou, ainda, ser amigo de Eduardo Leite e Arthur Virgílio, ex-oponentes


27/11/2021 19:46 - atualizado 27/11/2021 20:00

João Doria comemora vitória nas prévias do PSDB ao Planalto
João Doria, o vencedor das prévias tucanas, durante comemoração em Brasília (DF) (foto: Evaristo Sá/AFP)
Escolhido pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, o governador de São Paulo, João Doria, prometeu, neste sábado (27/11), união do partido em prol da construção de um projeto nacional. Após ser declarado o vencedor das prévias tucanas, ele teceu fortes críticas a Jair Bolsonaro (sem partido). Ele chamou o poder Executivo federal de "genocida", por causa da postura do presidente da República ante a pandemia de COVID-19.

"Trouxemos a vacina para os brasileiros. Vacina negligenciada pelo governo federal. Este governo genocida, responsável, sim, por uma parcela desses 613 mil brasileiros que perderam suas vidas", disse ele, em Brasília (DF), onde lideranças tucanas se reuniram em um centro de convenções para anunciar o resultado da eleição interna.

A fala de Doria sobre a imunização fez menção indireta à CoronaVac, ligada ao Instituto Butantan, do governo paulista.

O político de São Paulo conseguiu 53,99% dos votos dos filiados ao PSDB na disputa. Em segundo lugar, ficou Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul. Arthur Virgílio, ex-prefeito de Manaus (AM), terminou em terceiro.

A despeito das farpas que marcaram a contenda interna, Doria afirmou ser "amigo" de Leite e Virgílio.

"Sempre estivemos do mesmo lado: do Brasil, do PSDB e do povo brasileiro", garantiu ele. Agora pré-candidato, o governador citou tópicos como respeito às minorias e ao meio ambiente, incentivo ao livre mercado, respeito à democracia e geração de empregos. "Estaremos unidos na construção do melhor projeto para o Brasil", completou.

Em um discurso planejado, mas com trechos feitos no improviso, Doria prometeu um programa de transferência de renda e falou que o país virou "pária internacional". Na eleição de 2018, o paulista apoiou Bolsonaro no segundo turno.

"O nosso Brasil se transformou no Brasil da discórdia, da desunião, do conflito, da briga entre familiares e amigos, da arrogância política e da violência contra a imprensa, jornalistas e intelectuais. Ficamos presos em uma armadilha. Um círculo vicioso e danoso à vida do país".

Discurso tem críticas a Lula e lembranças tucanas

Houve tempo, ainda, para Doria criticar o PT, que deve lançar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como representante na corrida presidencial.

"Os governos Lula e Dilma representaram a captura do Estado, no maior esquema de corrupção que se tem notícia no país. Eu não esqueço isso. Lula, se prepare: nos debates, vou cobrar isso de você", assegurou.

Doria recordou, ainda, o Plano Real de Fernando Henrique Cardoso, tucano que presidiu o Brasil entre 1995 e 2002. Mencionou, também, outras ações de figuras do PSDB, como a gestão de José Serra à frente do Ministério da Saúde.

 As prévias do PSDB foram permeadas por problemas. A votação começou no último domingo (21), mas problemas no aplicativo desenvolvido para o processo forçaram um adiamento. Assim, a conclusão só veio neste sábado.

"O PSDB é o único partido que promoveu amplo processo democrático. Único partido a consultar suas bases, seus políticos e dirigentes sobre quem deveria liderar o processo de mudança do Brasil", minimizou o eleito.

"A eleição foi linda e valorosa. Não tenho dúvidas de que foi difícil a decisão de cada um ao longo desta semana", completou.


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