
“O dado que eu tinha eram os números do Deter (Sistema de Detecção de Desmatamento Rápido). Os números, na nossa projeção, ficariam 5% abaixo do ano anterior. O que aconteceu? O Inpe fez uma revisão do ano anterior e, se vocês olharem, diminuiu (2020) e este ano aumentou. Então, não sei se no ano que vem pode dar uma reduzida nesse (ano de 2021) também. Nós estamos analisando isso aí ainda para ver qual é a realidade desse troço”, afirmou o vice hoje na porta do Palácio do Planalto.
De acordo com os dados do Inpe, entre 2020 e 2021, a área desmatada na Amazônia Legal no período foi de 13.235 km², um aumento de 22% em relação ao período anterior.
O vice, que é presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal (Canal), afirmou que os dados mostram uma “pressão” para o avanço em terras não ocupadas na Amazônia, em especial na construção de moradias. “A gente tem que entender onde ocorreram as maiores ilegalidades. Por exemplo, o maior aumento aparece como sendo no Pará, mas o maior aumento não foi no Pará e, sim, no Amazonas, especificamente na região sul do Amazonas. Então, é outra área onde está acontecendo um avanço de gente em busca de teto”, reforçou.
Mourão ainda relativizou os dados, usando como justificativa o tamanho do solo amazônico. “Sem desfazer dos números, que, obviamente, não são bons, a gente tem que olhar o tamanho da Amazônia. A Amazônia Legal tem 5 milhões de quilômetros quadrados, então nós tivemos 13 mil quilômetros de desmatamento. Isso dá 0,23% da Amazônia que teria sido desmatada, independente do valor absoluto estar colocado”, explicou.
