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Estado de Minas ENTREVISTA

Filiação de Pacheco fortalece planos do PSD para 2022

Partido oficializou chegada do presidente do Congresso Nacional, cotado para disputar o Planalto; em MG, segundo presidente estadual, Palácio Tiradentes é alvo


28/10/2021 04:00 - atualizado 28/10/2021 09:22

Da esquerda para a direita: Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso Nacional; Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD; Alexandre Silveira, presidente do PSD mineiro
'Embalado' por JK, Pacheco se filiou ao PSD; ao lado dele, Gilberto Kassab, presidente nacional, e Alexandre Silveira, presidente estadual (foto: Gustavo Moreno/Comunicação PSD-MG)
O Partido Social Democrático (PSD) cumpriu, nessa quarta-feira (27/10), a primeira etapa de seus planos para a corrida ao Palácio do Planalto. O presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, não esconde de ninguém que quer ver o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (MG), como candidato à presidência da República.  Oficialmente filiado à legenda , o senador tem o entusiasmo de seus correligionários mineiros como fator que pode impulsionar a empreitada. O presidente pessedista em Minas Gerais, Alexandre Silveira, é um dos defensores da participação do novo companheiro de sigla na disputa nacional.

Ao Estado de Minas , Silveira listou as credenciais que julga como necessárias para dar sustentação a uma eventual candidatura de Pacheco. A avaliação é que o senador tem capacidade de se opor à polarização entre Jair Bolsonaro (sem partido) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"O que o Brasil precisa é de alguém que represente a discussão efetiva de problemas reais. Pacheco, por sua profundidade intelectual, seu espírito público e liderança demonstrada em tão pouco tempo de vida pública, reúne todas as qualificações".

O otimismo de Kassab com o "sinal verde" de Pacheco é tão grande que, durante ato de filiação, nesta quarta, em Brasília (DF), o dirigente nacional afirmou que o senador admite, nos bastidores, a possibilidade de ser candidato. Silveira crê que o parlamentar fará sua opção no "momento adequado", com o PSD respeitando a decisão de seu mais novo componente.

Nas fileiras pessedistas, Pacheco vai se somar a Antonio Anastasia e Carlos Viana, os outros senadores eleitos pelos mineiros. "É um partido que fica muito fortalecido, até porque a liderança de Pacheco, hoje, ultrapassa - e muito - as fronteiras de Minas. Ele vem emprestando o tempero de Minas Gerais ao Brasil, com seu perfil sereno, equilibrado, sempre buscando o consenso por meio do diálogo e defendendo a boa política", garante Silveira, que é secretário-geral do diretório nacional e suplente de Anastasia.


Governo mineiro também está na mira


Em Minas Gerais, o dirigente do PSD explica que o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, tem tido o nome alçado à disputa pelo governo de forma "natural".

"Kassab fala uma coisa muito assertiva: tudo que é natural na política, tem cheiro de que vai dar certo. A candidatura tem surgido de forma muito natural entre os mineiros. Essa discussão está na rua sem ele colocar de forma explícita que vai ser candidato ou que fez essa escolha", opina.

Alexandre Silveira, presidente do PSD-MG
Alexandre Silveira preside o PSD em Minas Gerais (foto: Comunicação/PSD-MG)


Carlos Viana, por seu turno, também se diz à disposição para concorrer ao Palácio Tiradentes - como já mostrou o EM a troca de partido foi uma das hipóteses levantadas por ele para dar prosseguimento aos planos .

Segundo Alexandre Silveira, levar mais de um nome à mesa de debate sobre os rumos do partido para o pleito estadual não é problema. "Um partido que tem mais de um quadro com condição de se apresentar ao povo de um estado tão importante tem que se orgulhar disso, mas tendo sempre em vista a dimensão da responsabilidade que isso representa".

Mesmo ante as conversas internas que devem ocorrer posteriormente, a direção do PSD mineiro crê na "convergência" dos filiados para a disputa nas urnas. Além dos três senadores, são três deputados federais, sete parlamentares estaduais, 79 prefeitos, 66 vice-prefeitos e 696 vereadores.

Leia na íntegra a entrevista de Alexandre Silveira ao EM:


Como fica o PSD mineiro com a chegada de Rodrigo Pacheco?

É importante destacar, como mineiro, a alegria de estar recebendo um dos mais talentosos políticos do Brasil, da nova geração de homens públicos. Isso (a filiação) veio fortalecer ainda mais, em Minas, o partido que já é o maior do estado. São dez deputados (3 federais e 7 estaduais), dois senadores, o prefeito da capital e, agora, com a filiação de Rodrigo Pacheco, passa a ser, inusitadamente, o único estado da federação onde os três senadores estão no mesmo partido político. É um partido que fica muito fortalecido, até porque a liderança de Pacheco, hoje, ultrapassa - e muito - as fronteiras de Minas. Ele vem emprestando o tempero de Minas Gerais ao Brasil, com seu perfil sereno, equilibrado, sempre buscando o consenso por meio do diálogo e defendendo a boa política. Sou testemunha do tanto que Pacheco se esforça para sempre chamar todos à lucidez neste momento de tanta polarização ideológica no país.

Ele chama todos para a política que interessa à nação, que discute os problemas reais, (como) a inflação fora de controle. Rodrigo tem sido voz altiva em Brasília, chamando todos para tentar o país desse esgarçamento exclusivamente político e ideológico. O partido sai muito fortalecido, com a condição de apresentar, para Minas e para o Brasil, uma alternativa muito completa.

A eventual candidatura de Alexandre Kalil ao governo tem sido muito falada. A chegada de Pacheco pode mudar o cenário? Quais os planos da legenda para o estado?

Kalil tem sido falado como alternativa ao governo do estado de forma que entendo ser muito natural. Ele saiu das urnas, há pouco mais de seis meses, na capital de Minas Gerais, com 63% dos votos. Uma aprovação estrondosa de seu governo, demonstrando sua liderança e capacidade de buscar o melhor para a população da capital. O prefeito de BH, diferentemente do governador, ainda não está em campanha. (Kalil) tem a responsabilidade dele de cuidar de Belo Horizonte.

Às vezes me perguntam sobre os problemas que temos de outros quadros colocarem seu nome à disposição como alternativa aos mineiros, como o senador Carlos Viana, que é muito respeitado e preparado. Isso não é problema, mas motivo de muita alegria e responsabilidade. Um partido que tem mais de um quadro com condição de se apresentar ao povo de um estado tão importante tem que se orgulhar disso, mas tendo sempre em vista a dimensão da responsabilidade que isso representa.

Não posso falar pelo prefeito Kalil, mas tenho muita confiança que o partido - agora ainda mais, com a presença de Pacheco - vai ter todas as condições para uma convergência entre seus quadros (para) se manter unido. Todos têm espírito público e dimensão da responsabilidade que, agora, passam a ter de forma mais rigorosa com os mineiros e brasileiros. O prefeito Kalil é um grande quadro do partido. Se fizer a escolha de colocar sua pré-candidatura, tenho a mais absoluta convicção que o partido abraçará com muito carinho. Da mesma forma, (com) os outros quadros preparados. (Gilberto) Kassab fala uma coisa muito assertiva: tudo que é natural na política, tem cheiro de que vai dar certo. A candidatura tem surgido de forma muito natural entre os mineiros. Essa discussão está na rua sem ele colocar de forma explícita que vai ser candidato ou que fez essa escolha. Os movimentos dele têm sido muito responsáveis com os belo-horizontinos.

Gilberto Kassab não esconde que quer ver Pacheco como candidato a presidente, mas o senador prega cautela. O que o partido pretende fazer para convencê-lo a entrar na disputa?

No Brasil, boa parte da sociedade tem criado a compreensão de que essa polarização ideológica não faz bem ao povo. Nada contra, e acho que a democracia é construída assim. Mas o que o Brasil precisa é de alguém que represente a discussão efetiva de problemas reais. O senador Rodrigo Pacheco, por sua profundidade intelectual, seu espírito público e liderança demonstrada em tão pouco tempo de vida pública, reúne todas as qualificações para poder ser visto. Ele é mineiro, de um estado central da federação, que representa muito para o Brasil. Nos últimos trinta anos, quem ganha em Minas, ganha no Brasil; quem perde em MG, perde no Brasil. E, apesar de jovem, é um advogado de sucesso. Todas as credenciais levam a crer que, realmente, é um quadro que tem condições de se apresentar ao Brasil como candidato.

Isso é uma opção que tenho a certeza que ele fará no momento adequado, até porque por ser um homem público muito comprometido, tem a dimensão da responsabilidade que tem no momento, que é continuar fazendo o excepcional trabalho à frente do Congresso Nacional. Serenando os ânimos e chamando as políticas públicas que interessam ao povo.

O senhor é um dos que faz comparações entre Pacheco e JK. Como traduzir essas ditas semelhanças à população?

O grande desafio de qualquer pré-candidatura a qualquer cargo nacional é vencer o nível de conhecimento. Quem conhece Rodrigo Pacheco faz a mesma comparação (com JK) que eu faço. Ele tem as características de alguém extremamente equilibrado e sereno, que busca sempre o diálogo, e altamente comprometido e preocupado com o que acontece no Brasil. Costumo dizer que, como presidente do Congresso, sendo conhecido por mais pessoas, ele vai, naturalmente, ser visto, em minha opinião, como alguém que pode entrar para a história contribuindo de forma visionária com o Brasil.

JK foi do PSD, à época o maior partido do Brasil, fez o Brasil olhar "para dentro" de si, caminhando para a interiorização, e sonhava, de forma muito vigorosa, em reduzir as desigualdades por meio do desenvolvimento. Sempre que há uma crise no Brasil, e o país precisa se reinventar, Minas é chamada. E Minas nunca se acovarda, sempre corresponde. Independentemente da escolha que Pacheco venha a fazer, que todos vamos respeitar, Minas emprestará grande contribuição ao Brasil.


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