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Estado de Minas PROTESTO NAS RODOVIAS

Governo de MG confirma reunião com caminhoneiros, mas não deve baixar ICMS

Categoria pede redução do imposto sobre o diesel cobrado em Minas; estado diz que aumento do combustível é responsabilidade da política de preços da Petrobrás


09/09/2021 13:27 - atualizado 09/09/2021 14:22

Bloqueio de caminhoneiros manteve a BR-381, próximo a Igarapé, na Grande BH, fechada por mais de 12h. Movimento pede redução do ICMS, entre outras pautas
Bloqueio de caminhoneiros manteve a BR-381, próximo a Igarapé, na Grande BH, fechada por mais de 12h. Movimento pede redução do ICMS, entre outras pautas (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
Em paralisação desde essa quarta-feira (8/9), os tanqueiros serão recebidos na próxima semana pelo governo de Minas para discutir a redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrada em Minas sobre o diesel, uma das reinvindicações da categoria. 

A reunião ainda não tem data marcada, mas foi confirmada tanto pelo Executivo estadual quanto pelo Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sinditanque-MG). 

O estado, contudo, não dá sinais de que vai baixar a tarifa, fixada em 15% para o diesel - a maior do Sudeste. Os transportadores querem a redução do índice para 12%, mesma taxa praticada em estados como Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Ver galeria . 12 Fotos Caminhoneiros fazem bloqueios em vários estados nesta quinta-feira (9/9). Em Minas Gerais, pela manhã, eram pelo menos três estradas. Na foto, km 513 da BR-381, em Igarapé, na Grande BH Leandro Couri/EM/DA Press
Caminhoneiros fazem bloqueios em vários estados nesta quinta-feira (9/9). Em Minas Gerais, pela manhã, eram pelo menos três estradas. Na foto, km 513 da BR-381, em Igarapé, na Grande BH (foto: Leandro Couri/EM/DA Press )
 

Até o encontro com Executivo, o Sinditanque-MG, que reúne cerca de 3 mil associados, informou que transporte de combustíveis será feito com 50% da frota de caminhões. A entidade reforça que não articulou os bloqueios que paralisaram diversas rodovias que cortam o estado, embora apoie o movimento. 

Por meio de nota enviada à reportagem, o governo do estado praticamente descartou alterações no ICMS. O texto argumenta que os recentes aumentos dos combustíveis se devem à política de preços da Petrobrás, já que o último reajuste no imposto ocorrem em 2012, de 12% para 15%.   

Ainda segundo o governo, um possível corte no ICMS dependeria de autorização, por unanimidade, do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). 

"Na última reunião com representantes do Sindtanque, ficou decidido que a reivindicação da entidade seria apresentada ao Confaz como, de fato, o foi, em julho último. Porém, o pedido foi rejeitado pelo Conselho, formado pelas Secretarias de Fazenda dos 26 Estados e do Distrito Federal.", diz o comunicado enviado ao Estado de Minas.
 

Veja a nota na íntegra

"Informamos que a reunião com representantes dos tanqueiros está prevista para a próxima semana. O Governo esclarece ainda que as alíquotas do ICMS dos combustíveis no Estado não passaram por alterações recentemente, conforme pode ser conferido no histórico abaixo:

Histórico do ICMS dos combustíveis em MG
- Gasolina (passou de 29% para 31% em janeiro de 2018)
- Etanol (de 14% para 16% em janeiro de 2018)
- Diesel (de 12% para 15% em janeiro de 2012)
 
Dito isso, é importante deixar claro que os últimos reajustes nos valores dos combustíveis não se devem ao ICMS cobrado pelo Estado, mas, sim, à política de preços adotada pela Petrobras.
 
Tomando o diesel como referência, essa é atual distribuição dos índices dos preços:

DIESEL S500
10,5%    Distribuição e revenda
11,3%    Custo biodiesel
15,0%    ICMS
7,1%      Cide, Pis e Cofins
56,1%    Preço Petrobras
 
DIESEL S10
10,9%    Distribuição e revenda
11,2%    Custo biodiesel
15,0%    ICMS
7,0%      Cide, Pis e Cofins
55,9%    Preço Petrobras
 
Quanto à possibilidade de redução das atuais alíquotas do ICMS dos combustíveis, vale ressaltar que é preciso, primeiro, uma autorização, por unanimidade, do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Na última reunião com representantes do Sindtanque, ficou decidido que a reivindicação da entidade seria apresentada ao Confaz como, de fato, o foi, em julho último. Porém, o pedido foi rejeitado pelo Conselho, formado pelas Secretarias de Fazenda dos 26 Estados e do Distrito Federal."
 


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