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Estado de Minas CRISE INSTITUCIONAL

Governadores vão pedir reunião com Bolsonaro e chefes dos Poderes

Reunião desta segunda-feira (23/8) do Fórum dos Governadores levantou a discussão sobre a defesa da democracia


23/08/2021 13:51 - atualizado 23/08/2021 18:17

Governadores no salão nobre do Palácio do Buriti, sede do Governo do Distrito Federal (GDF), nesta segunda-feira (23/8)(foto: Reprodução)
Governadores no salão nobre do Palácio do Buriti, sede do Governo do Distrito Federal (GDF), nesta segunda-feira (23/8) (foto: Reprodução)
O Fórum dos Governadores decidiu, nesta segunda-feira (23/8), que vai solicitar uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), chefes de outros Poderes e os comandantes das Forças Armadas. O encontro realizado no salão nobre do Palácio do Buriti, sede do Governo do Distrito Federal (GDF), contou com a participação de 25 dos 27 governadores da federação presencialmente ou de forma virtual, incluindo o de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).

A reunião acontece três dias após Bolsonaro enviar ao Senado um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Por isso, a pauta do encontro foi centralizada nos seguintes temas: 1) Conjuntura Atual e Defesa da Democracia; 2) Riscos ao Pacto Federativo: Desequilíbrios Fiscais para Estados e Municípios, e Caminhos Alternativos de Receita em Discussão no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal; 3) Governança Climática. 
 
O coordenador do Fórum e governador do Piauí, Wellington Dias (PT), defendeu a criação de um "Pacto pela Democracia". “O Brasil precisa criar um ambiente de diálogo onde possamos ter todas as condições de segurança, principalmente para atração de investimentos e nada melhor do que o diálogo respeitando as posições, a democracia depende disso”, ressaltou.

A ideia, segundo o governador, é utilizar os mesmos moldes do “Pacto pela Vida”, proposto pelos gestores durante a pandemia. “Paralelo a isso, também a apresentação de medidas que possam garantir as condições de saída segura para esta crise. De um lado, dar uma condição de serenidade na política e do outro lado a gente colocar na prioridade esse Pacto pela Vida, mas com a preocupação do social e o econômico”, reforçou Wellington Dias.

Para a defesa da democracia, os gestores discordaram sobre quais as primeiras atitudes que deveriam tomar. Alguns governadores defenderam uma carta ou nota pública rebatendo ações e cobrando mudanças do chefe do Palácio do Planalto, enquanto outros sugeriram que eles pedissem uma reunião com Bolsonaro.

O chefe do Executivo de São Paulo, João Doria (PSDB), cobrou dos governadores uma reação conjunta às ameaças contra a democracia feitas pelo chefe do executivo federal. "Entendo que é dever dos governadores formularem uma carta em defesa da democracia e da vida. Não nos cabe silenciar", disse o tucano.
 

Do mesmo partido de Doria, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) também defendeu o posicionamento conjunto dos chefes estaduais. “É grave, de fato, o que vivemos no Brasil. Acho que exige da nossa parte. A União é a soma das partes, a soma dos estados. Somos governadores dos estados que compõem esta União e devemos nos posicionar”, afirmou.
 
Ao final da reunião, ficou acordado que a proposta do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), prevalece. Barbalho defendeu que o grupo solicite uma reunião ampliada com Bolsonaro, chefes de outros Poderes e os comandantes das Forças Armadas.
 
Estado de Minas solicitou o posicionamento do governador de MG Romeu Zema, mas até o fechamento da matéria não teve resposta.


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