![Jair Bolsonaro, presidente da República, foi avisado sobre a compra da vacina Covaxin(foto: Anderson Riedel/Presidência da República) Jair Bolsonaro, presidente da República, foi avisado sobre a compra da vacina Covaxin(foto: Anderson Riedel/Presidência da República)](https://i.em.com.br/s1kcDs0TZLKt1cwkDfrbbJ1jJB8=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2021/07/10/1285428/20210710131530281776e.jpg)
“Eu não posso simplesmente, ao chegar qualquer coisa para mim, tomar providência. Tomei providência nesse caso”, afirmou Bolsonaro, em entrevista à Rádio Gaúcha.
Apesar do aviso, o governo seguiu com o negócio em que prevê pagar pelo imunizante um preço 1.000% maior do que o anunciado pela própria fabricante seis meses antes. Ele, contudo, foi suspenso pelo Executivo em 29 de junho, depois de o caso se tornar público.
As suspeitas já haviam sido levadas para o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que nada fez. Na ocasião, o irmão do deputado federal, que é chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, chegou a ser demitido após denunciar o esquema de corrupção no processo de compra da vacina indiana Covaxin. A exoneração chegou a ser revertida.
O governo comprou a Covaxin por um preço 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela própria fabricante. Telegrama sigiloso da embaixada brasileira em Nova Délhi de agosto do ano passado informava que o imunizante produzido pela Bharat Biotech tinha o preço estimado em 100 rúpias (US$ 1,34 a dose). Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde pagou US$ 15 por unidade (R$ 80,70, na cotação da época) - a mais cara das seis vacinas compradas até agora.
Diferentemente dos demais imunizantes, negociados diretamente com seus fabricantes (no Brasil ou no exterior), a compra da Covaxin pelo Brasil foi intermediada pela Precisa Medicamentos.