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Estado de Minas REVÉS PARA BOLSONARO

TSE afasta presidente do Patriota e vice assume o partido

Adilson Barroso vinha negociando a filiação do presidente da República e era combatido pelo vice-presidente da sigla, Ovasco Resende


09/07/2021 17:39

(foto: Reprodução/Redes Sociais)
(foto: Reprodução/Redes Sociais)

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) validou a convenção nacional do Patriota que decidiu pelo afastamento, por 90 dias, do presidente do partido, Adilson Barroso. A reunião ocorreu no último dia 24 e o afastamento foi decidido pela maioria dos membros. Parte da legenda alega que Barroso tem feito negociações individuais com Jair Bolsonaro, que pretende se filiar à sigla, sem consultar os demais.

Quem assume o comando do partido é Ovasco Resende, antes vice-presidente do Patriota. Agora, o caso deverá ser encaminhado ao conselho de ética da sigla para análise. O julgamento final ficará a cargo da executiva nacional. Da decisão do Tribunal ainda cabe recurso.
No despacho do documento, consta o nome do presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, mas a decisão foi assinada eletronicamente pelo ministro Edson Fachin.

O magistrado determinou ainda a restauração da composição dos órgãos de direção, conforme definidos na convenção nacional de 7/11/2018, o restabelecimento dos delegados nacionais com a consequente exclusão daqueles que foram nomeados em seu lugar, entre outros. A forma como as negociações da filiação do presidente Jair Bolsonaro foram feitas causou um racha no partido representada pelos dois nomes.

Entre as acusações contra o presidente afastado, estão irregularidades que teriam sido cometidas, como a mudança de senha no Sistema de Gerenciamento de Informações Partidárias (SGIP) do Patriota no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a destituição e nomeação de delegados de forma irregular, sem quórum suficiente para a tomada de decisões.

Ao Correio, sobre a possível filiação do presidente Bolsonaro ao Patriota, Ovasco reafirmou que o grupo nunca foi contra, e que sempre esteve aberto ao diálogo. "Como sempre falamos, ninguém do nosso grupo é contra a vinda do presidente. O que sempre dissemos é que estavam (Adilson Barroso) aproveitando da possibilidade da vinda dele para dar um golpe e assumir majoritariamente o comando do partido. Sempre estivemos abertos ao diálogo, a qualquer pessoa que queira ser candidato. Inclusive isso é uma obrigação de um partido político. Vamos conduzir o partido respeitando os companheiros, respeitando nosso estatuto e buscando crescimento para superarmos a cláusula de barreira", declarou.

Questionado se pretende iniciar nova negociação com o presidente, ele relatou que "sempre estivemos aberto ao diálogo e sempre continuaremos".

Sobre o interesse de Bolsonaro nos diretórios de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais e se essas partes pode ser negociadas, Ovasco respondeu que "somos do diálogo e da transparência. Em uma composição, os lados tem que ter segurança", concluiu.

No último dia 28, Bolsonaro afirmou que, caso dependesse de sua vontade, já teria escolhido um partido para se filiar. "O ideal é que não precisasse de um partido para disputar eleição. Seria o ideal. Agora, os partidos, todos têm seus problemas. Eu, por mim, já tinha escolhido um partido", disse, sobre os embates dentro da sigla.


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