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Estado de Minas CPI DA COVID

CPI: Aziz acusa Roberto Dias de ter 'dossiê' sobre casos de corrupção

Senador deu voz de prisão ao ex-diretor do Ministério da Saúde, acusado de cobrar propina e pressionar pela liberação da vacina Astrazeneca


07/07/2021 19:04 - atualizado 07/07/2021 19:23

Senador Omar Aziz (PSD-AM), dá voz de prisão a Roberto Ferreira Dias, alegando que o ex-diretor 'só mentiu' em seu depoimento(foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
Senador Omar Aziz (PSD-AM), dá voz de prisão a Roberto Ferreira Dias, alegando que o ex-diretor 'só mentiu' em seu depoimento (foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou, nesta quarta-feira (7/7),  que o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias fez um dossiê para se proteger contra o governo federal. 


"O senhor sabe que fez um dossiê para se proteger. Eu estou afirmando, não estou achando. Nós sabemos onde está o dossiê e com quem está”, disse. “O senhor recebeu várias ordens da Casa Civil por e-mail lhe pedindo para atender: ‘era gente nossa’, ‘essa pessoa é nossa’.”, afirmou o senador.

Mais cedo, Aziz acusou Roberto Dias de ter mentido e omitido informações durante depoimento à comissão e deu voz de prisão ao ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde.
 
 

O dia da CPI

 
O ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias depôs, nesta quarta-feira (7/7), à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, instalada pelo Senado. Os parlamentares o questionaram sobre a suspeita de que ele teria pedido propina para autorizar a compra da vacina AstraZeneca pelo governo federal. 

A denúncia foi feita pelo policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, com sede nos Estados Unidos. Em depoimento à CPI, ele afirmou ter recebido um pedido de propina para a compra de 400 milhões de doses do imunizante. Segundo Dominguetti, o ex-diretor de Logística teria cobrado US$ 1 por dose. 

Roberto Dias assumiu o cargo público em 28 de janeiro de 2019. Sua nomeação foi assinada pelo então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Em outubro do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a indicar Dias para compor a diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele foi exonerado da pasta logo depois das acusações de propina.

Os requerimentos para a convocação foram apresentados pelos senadores Humberto Costa (PT-PE) e Otto Alencar (PSD-BA). Nos pedidos, os parlamentares querem esclarecer também o suposto envolvimento do ex-diretor em irregularidades também na compra do imunizante indiano Covaxin.

A CPI da COVID apura possíveis ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia do coronavírus e repasses de verbas a estados e municípios. A comissão foi instalada em 27 de abril deste ano. 
    
  


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