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Estado de Minas ELEIÇÕES

Barroso sobre voto impresso: ''Um custo, um risco, uma inutilidade''

Presidente do TSE é contrário à ideia defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, que articula na Câmara uma PEC para a retomada do voto de papel


14/05/2021 17:57 - atualizado 14/05/2021 18:26

Barroso é contrário ao voto impresso(foto: Credito Antonio Cruz/ABr)
Barroso é contrário ao voto impresso (foto: Credito Antonio Cruz/ABr)
 
Ao lançar uma campanha comemorativa dos 25 anos da urna eletrônica no Brasil, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, destacou nesta sexta-feira (14/5) a inviabilidade do voto impresso, um dos desejos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Além de caro e fazer parte de um sistema em desuso no país, Barroso afirmou que reinventar o voto de papel seria um “risco”.
 
“O voto impresso será inútil para quem queira fazer um discurso de fraude. Nos Estados Unidos, que é o espelho, havia voto impresso, e boa parte das pessoas que defende o voto impresso no Brasil afirma que a votação nos Estados Unidos foi fraudada. Portanto, vai ser um custo, um risco e uma inutilidade, porque eles vão continuar achando a mesma coisa”, afirma Barroso.

Ele afirma que voto eletrônico veio justamente para encerrar um período de votos fraudulentos no Brasil durante décadas: As urnas eletrônicas serviram para terminar com um passado de fraudes eleitorais que marcavam o processo democrático brasileiro desde a República Velha, machada pelos votos de cabresto e pela eleição chamada de bico de pena. Quando as urnas não correspondiam aos resultados que os listamentos dominantes desejavam, eles eram adulterados no momento do lançamento no mapa".

Nesta semana, a Câmara dos Deputados instalou comissão especial para analisar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do voto impresso no Brasil. A proposta é da deputada Bia Kicis (PSL-DF), uma das principais aliadas de Jair Bolsonaro no Congresso.


"Conhecendo o sistema de dentro, há muitos problemas. Antes da alta do dólar, falávamos em R$ 2 bilhões do custo do voto impresso. O Congresso é um bom lugar para discutir se o país deve fazer esse tipo de investimento. Além disso, quanto o STF declarou a inconstitucionalidade, ele revelou a existência de um perigo, que era a quebra do sigilo do voto. Recentemente, o próprio painel secreto do Senado foi violado. Vimos também que é um retrocesso que piora o sistema. Houve filas, atrasos e aumento de votos brancos e nulos. Não foi boa experiência. E também há um risco de judialização das eleições. Queremos que as urnas falem e não o poder judiciário”, afirmou.


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