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Estado de Minas AMAZONAS

Chefe da Polícia Federal no AM sobre Salles: 'Na PF não vai passar boiada'

Segundo Alexandre Saraiva, nunca um ministro do Meio Ambiente se manifestou contrariamente a uma operação que visa proteger a floresta amazônica


05/04/2021 14:21 - atualizado 05/04/2021 14:55

Superintendente da PF do Amazonas, Alexandre Saraiva, e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles(foto: Agência Brasil/Reprodução)
Superintendente da PF do Amazonas, Alexandre Saraiva, e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (foto: Agência Brasil/Reprodução)
O superintendente da Polícia Federal do Amazonas, Alexandre Saraiva, comentou as críticas feitas pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobre uma operação contra extração ilegal de madeira realizada em dezembro do ano passado. A ação foi a maior da história do Brasil. 

“Me parece que é o mesmo que um ministro do Trabalho se manifestar contrariamente a uma operação contra o trabalho escravo. Nunca tive notícia de um ministro do Meio Ambiente se manifestando contrariamente a uma operação que visa proteger a floresta amazônica. É um fato inédito e que me surpreendeu”, afirmou Saraiva.

As declarações foram feitas em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

Durante a reunião ministerial de 22 de abril de 2020, marcada em razão da saída do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro do governo, Salles afirmou que o governo precisava aproveitar as atenções voltadas para à COVID-19 para passar “a boiada” no Amazonas.  Ao comentar o caso, Saraiva afirmou que “na Polícia Federal não vai passar boiada”.

Entenda: Entidades repudiam declarações de Salles sobre 'passar a boiada'

Segundo o superintendente, as empresas investigadas na operação realizada em dezembro estavam trabalhando de forma ilegal na região. 

Ele se referiu aos empresários como “organização criminosa”. “Não merecem nem a denominação de empresas. Têm a vida dedicada ao crime, ao furto de bens públicos, à fraude, à corrupção de servidores públicos”, pontuou.


Entenda

 
A operação Handroanthus GLO, da Polícia Federal, foi realizada na divisa do Pará com o Amazonas e culminou na maior apreensão de madeira nativa da história do Brasil extraída ilegalmente. Os agentes apreenderam 131,1 mil m3 de toras, volume suficiente para a construção de 2.620 casas populares.



 


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