
Logo abaixo do presidente vem "todos eles" - políticos de todas as esferas de governo, opção citada por 20% dos entrevistados. A lista de culpados segue com a população em geral (12,4%), os governadores (11,2%), o Supremo Tribunal Federal (8,2%), prefeitos (1,6%) e os deputados federais (1%). Citaram outros atores 1,7%.
Realizada entre 12 e 16 de março, a pesquisa ouviu 2.334 pessoas de todos os estados e do Distrito Federal. A grande maioria parece ter subestimado a duração da epidemia. Segundo 80,4% dos entrevistados, o fenômeno global está durando mais do que esperado.

O saldo de mortos da COVID-19 surpreendeu 73,4% dos consultados, cuja expectativa era de que a doença matasse menos. Por sua vez, 15,7% disseram que já esperavam a escalada de óbitos. Cerca de 6% revelaram perpespectivas ainda mais pessimistas e 4,5% não souberam ou preferiram não opiniar sobre a questão.
O medo de perder um ente querido para o vírus assombra 48% das pessoas. Em seguida, vem o temor de que a pandemia se estenda por mais um longo período (30,2%). Os participantes também receiam ficar doentes (9,9%) e perder o emprego (7,8%).
Curiosamente, há um empate técnico entre entre aqueles que acreditam na melhora da situação sanitária nos próximos meses (39,5%) e os que creem na piora da tragédia (41,5%).
Crise econômica
Já sobre a situação econômica do país, os brasileiros se mostraram pessimistas. Para 54,5%, a crise financeira vai piorar, ante 23% que acham que vai ficar como está e 18,3% que apostam na melhora.

Segundo o Instituto Paraná Pesquisas, o estudo tem confiabilidade de de 95%, com margem de erro de estimada em 2% para mais ou para menos.