![(foto: Divulgação/PF) (foto: Divulgação/PF)](https://i.em.com.br/d0qZjXHXb8niCkwjOlhN0GUYygM=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2021/03/20/1248808/20210320082459571424a.webp)
A prisão ocorreu por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte atua no caso por conta de informações de que magistrados do Supremo também estarem entre os dados vazados. Marcos Roberto é acusado de obter ilegalmente e vender, por meio da internet, as informações. Ele teria ajuda de outra pessoa, que foi alvo de buscas. De acordo com informações obtidas pela reportagem, o segundo acusado foi preso por conta de um mandado de prisão em aberto que havia contra ele, sem ligação com a investigação atual.
Fontes que atuam no meio virtual, contatadas pelo Correio, estão céticas quanto à verdadeira atuação de Marcos Roberto neste caso. Ele teria sido preso por conta de postagens nas redes sociais nas quais assume a autoria do roubo de dados. No entanto pessoas próximas afirmam que ele se envolvia em outros atos no meio cibernético, como ensinar como invadir redes de computadores e banco de dados. Mas não teria sido o responsável pelo vazamento desses dados.
Crimes financeiros
A Polícia Federal apreendeu computadores, um celular, CDs, DVDs e HDs com dados que podem colaborar com as investigações. De acordo com a PF, a corporação “identificou o suspeito pela prática dos delitos de obtenção, divulgação e comercialização dos dados, bem como um segundo hacker que estaria vendendo os dados por meio de suas redes sociais”. A investigação apura o maior vazamento da história do país. As autoridades suspeitam de que informações como nome, endereço, telefone, foto, declaração do imposto de renda, movimentações financeiras e perfil de crédito da população partiram da base de dados do Serasa.
A empresa, responsável pela análise de crédito dos consumidores, nega ter sido a origem da investida criminosa. Os dados vazados também envolvem registros de pessoas que já morreram. A comercialização dos dados ocorre na deep web, uma camada mais profunda da internet. É possível comprar pacotes com dados de até 40 milhões de consumidores por vez. O risco, além do uso por empresas não autorizadas, é de que as informações sejam utilizadas em fraudes.