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Eleições no Congresso: os cargos cobiçados por deputados e senadores

A disputa pelo comando das duas casas, Câmara e Congresso, envolve negociações e acertos entre partidos


01/02/2021 04:00 - atualizado 01/02/2021 08:15

(foto: Correio Braziliense)
(foto: Correio Braziliense)

Os cargos da Mesa Diretora fazem parte das negociações que podem levar um candidato à presidência da Câmara ou do Senado à vitória ou à derrota. É uma oferta que une blocos e faz parte da corrida eleitoral tal e qual tetê-a-tetê com ofertas individuais a parlamentares.

No Senado, por exemplo, a ambição de membros do MDB por participar do órgão colegiado foi fundamental para que os colegas abandonassem a candidata, Simone Tebet (MS), à própria sorte na campanha, e apoiassem o majoritário Rodrigo Pacheco (DEM-MG), sucessor de Davi Alcolumbre (DEM-AP), e que conta com apoio tanto de Jair Bolsonaro quanto do PT.

Já na Câmara, a disputa pelas cadeiras se complica ainda mais, e envolve diretamente o PT, maior partido da esquerda e maior bancada da Casa.

Com a decisão do Democratas na noite de ontem de abandonar o bloco de Baleia Rossi (MDB-SP) e liberar seus deputados, o partido não integrará nem o bloco do emedebista apoiado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e nem o de Arthur Lira (PP-AL).

Mas, se a eleição para a presidência da Câmara parece a cada hora tender mais na direção o cacique do Centrão, outra disputa igualmente importante carece de definição: a para os cargos na Mesa Diretora.

A disputa pelas cadeiras no comando da Casa se complica porque envolve uma série de negociações entre antagonistas de agora e de sempre.

Tal como o PT, maior partido da esquerda e maior bancada da Casa. Mesmo que não chegue à Presidência, e se tivesse o maior bloco de legendas, Baleia poderia emplacar um petista na 1ª Vice-Presidência para conservar a oposição ao governo no segundo cargo em importância na Mesa.

Ao mesmo tempo, do outro lado, Lira prometeu a Vice-Presidência ao PL, que possivelmente será ocupada por Marcelo Ramos (AM). Mas o jogo da formação da Mesa não é simples: se der Lira, o PL fica com a Vice-Presidência, e Baleia, com o segundo maior bloco, faria a Primeira Secretaria; se der o emedebista, ele indicaria o PT à Vice e caberia ao PL a Primeira Secretaria. A partir daí, os blocos de Lira e Baleia se revezarão nas escolhas, com a 2ª Vice, a 2ª Secretaria e sucessivamente.

Enquanto o presidente da Câmara dirige todas as atividades da Casa e controla as pautas de votação, os secretários têm como principal função cuidar da parte administrativa. O bloco de Baleia era o maior na disputa, com 11 partidos – PT, MDB, PSDB, PSB, DEM, PDT, Solidariedade, Cidadania, PCdoB, PV e Rede. Ele deve contar, ainda, com votos do DEM, assim como Lira, já que o partido decidiu pela isenção. No outro lado da disputa, Lira também tem o apoio formal de 11 partidos – PSL, PL, PP, PSD, Republicanos, PTB, PROS, Podemos, PSC, Avante e Patriota. O grupo, porém, conta com menos parlamentares.


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