
Caso haja envolvimento de autoridades, a PF deverá informar à PGR, órgão responsável pela investigação de autoridades com foro privilegiado. "As investigações estão em curso", disse Aras, sem dar pistas se há suspeita ou não de envolvimento de autoridades nos ataques.
O diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza, disse que, como as apurações estão em andamento, não é possível detalhar, por exemplo, a idade dos suspeitos ou as cidades onde houve as operações.
Além de um suspeito detido em Portugal, houve cumprimento de mandados de busca e apreensão em São Paulo e Minas Gerais. "Os envolvidos se autointitulam anarquistas", disse o diretor-geral da PF. "Foi colhido muito material, a investigação vai continuar."
Segundo Souza, o grupo alvo das investigações é composto por jovens acima de 18 anos, não muito mais velhos que isso, e um deles já teria realizado mais de 5 mil invasões a sistemas.
O diretor-geral explicou ainda que, embora o hacker Zambrius tenha reivindicado a autoria dos ataques, havia uma distância "entre falar e fazer" e era preciso provar a ligação dele com os ataques para então pedir sua prisão. "Em uma semana conseguimos as provas, mas ele não estava sozinho. Ele teve colaboração de outros três hackers", disse.