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Estado de Minas AÇÃO JUDICIAL

Bolsonaro revela processo por ter dito que 'não participaria de parada gay' porque 'acredita em Deus'

Presidente falou sobre processo nesta terça-feira, durante pronunciamento em Brasília


postado em 05/05/2020 20:20 / atualizado em 06/05/2020 08:23

Jair Bolsonaro, presidente da República(foto: Marcos Corrêa/PR)
Jair Bolsonaro, presidente da República (foto: Marcos Corrêa/PR)

O presidente Jair Bolsonaro revelou nesta terça-feira que é réu em um processo que envolve uma indenização no valor atualizado de R$500 mil por ter afirmado que “não participaria de uma parada do orgulho gay porque acreditava em Deus”.

“Não entro na justiça contra ninguém porque não ganho nenhuma. Estou respondendo a um processo que vocês não sabem ainda. Vão divulgar. Está no Supremo e STJ, dois recursos. Levando-se em conta os juros, são R$500 mil. Eu declarei que não participaria de uma parada do orgulho gay porque acreditava em Deus, na família e na questão dos costumes”, disse Bolsonaro.
 
E finalizou: “Quando o TJ me julgou no Rio, o relator foi pelo arquivamento, o MP foi pelo arquivamento e eu perdi por 3 a 2. Está em R$500 mil. Ninguém mais do que eu sofre na mão da Justiça.”

Ao reclamar que “sofre na mão da Justiça”, o presidente da República citou diversos casos em que foi processado, como na entrevista concedida ao programa CQC, da TV Bandeirantes, em 2011. No vídeo, Bolsonaro afirmou que não discutiria “promiscuidade” com a cantora Preta Gil ao ser perguntado sobre como reagiria se seu filho namorasse uma mulher negra. Na ocasião, e novamente nesta terça,  Bolsonaro afirmou que, durante a gravação do programa, a pergunta que lhe foi apresentada era sobre um relacionamento homossexual de um de seus filhos. Após ser condenado em primeira e segunda instâncias, o processo foi arquivado pelo STF.

Histórico de ofensas

Ao longo de sua carreira política, Bolsonaro coleciona ataques a homossexuais, negros, mulherees e adversários políticos. O presidente já afirmou em entrevistas que é “homofóbico com orgulho”, que não contrataria um motorista gay para levar filhos à escola, que é “a favor da tortura”, que “o erro da ditadura foi torturar e não matar”, que prefere que seu filho “morra num acidente do que apareça com um bigodudo”, que indígenas estão “evoluindo” para “um ser humano igual a nós”, referiu-se a quilombolas como pessoas cujo peso deveria ser medido em “arrobas” e que “nem para procriadores servem mais”, disse que não estupraria a deputada Maria do Rosário porque ela “não merece”, entre outras diversas declarações preconceituosas.


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