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Estado de Minas EM LIVE

Major Olímpio sobre Carlos Bolsonaro: 'moleque perturbado mental'

Senador disse ainda que não tem "bandido de estimação"


postado em 29/04/2020 18:40

(foto: Roque de Sá/Agência Senado)
(foto: Roque de Sá/Agência Senado)
O líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), chamou o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) de "moleque perturbado mental" e disse que não tem "bandido de estimação". Em uma live nesta quarta-feira (29/04), o parlamentar respondeu aos ataques que vem recebendo do filho do presidente Jair Bolsonaro por ter assinado o pedido de criação da CPI Mista das Fake News. O senador disse que apoia a investigação parlamentar porque "equipamentos e pessoas pagos com dinheiro público" fazem parte de uma "grande orquestração" para a difusão de noticias  falsas, "praticando crimes no nosso Brasil, inclusive dentro do palácio do governo".

"Em primeiro lugar, nem Freud explica; o problema dele [Carlos] é psiquiátrico. Sei o sofrimento do pai dele, o próprio pai, o que sofre e o que já sofreu quando ele surta, quando ele some e ninguém sabe o que aconteceu, o pai entra em desespero", disse Major Olímpio, um dos principais aliados do presidente Jair Bolsonaro. 
 
Segundo o parlamentar, ele vem sendo atacado também por ter rompido politicamente com o irmão de Carlos, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que fez pressão para que os colegas não assinassem uma outra CPI, a Lava Togas, destinada a investigar irregularidades nos tribunais superiores.

"Ele com os problemas dele com a Justiça que se explique. Eu não tenho bandido de estimação. Eu vou me pautar, eu tive nove milhões e trinta e nove mil votos para ser senador pelo estado que carrega esta nação; eu sei o tamanho da responsabilidade. Eu não entro em briga doméstica com moleque, com irresponsável, com nada. Então, problema psiquiátrico tem que ser tratado na forma psiquiátrica", disse o líder do PSL. 

"A questão da CPI (Fake News] eu assinei com toda a convicção, porque existem quadrilhas cibernéticas no Brasil. Se ele tem alguma preocupação com isso, eu não sei, vamos ver os resultados das apurações se podem até chegar nele mesmo, como dizem, que são apresentados fatos que eu não estou com o conjunto probatório da CPI, do tal gabinete do ódio", afirmou Olímpio, em uma referência à expressão usada internamente no Planalto para designar um grupo de assessores palacianos suspeito de disseminar ataques virtuais e notícias falsas.

"Eu não tenho dúvida que essa CPI ela vai esclarecer, ela vai levar para os tribunais, ela poderá cassar mandatos; existe sim uma grande orquestração, servidores pagos com dinheiro público, nos gabinetes de assembleias legislativas, na Câmara dos Deputados, eventualmente do Senado, dentro do próprio prédio do palácio do governo, em Câmaras municipais", disse o parlamentar.

Segundo ele, as investigações da CPI "vão mostrar equipamentos e pessoas que são pagos com dinheiro público para promover falsas notícias e assassinatos de reputações o tempo todo praticando crimes no nosso Brasil".

Carlos Bolsonaro é apontado em inquérito da Polícia Federal como suspeito de estar entre os articuladores de um esquema de propagação de notícias falsas na internet. A apuração foi aberta pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no ano passado, como resposta a ataques contra ministros da Corte.

Na terça-feira (28/04), o vereador acusou Major Olímpio de ter usado com interesses eleitorais uma foto tirada ao lado de Bolsonaro em um hospital, após a facada que o presidente recebeu durante a campanha presidencial, em Juiz de Fora (MG). Na imagem, Olímpio aparece chorando.

O senador, ainda na Live desta quarta-feira, concordou quando perguntado se o presidente Bolsonaro saiu mais enfraquecido com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que suspendeu a nomeação do delegado Alexandre Ramagem para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal. 
 
O magistrado atendeu a um mandado de segurança do PDT, que alegou desvio de finalidade na indicação, pelo fato de Ramagem ter coordenado a segurança de Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018 e se tornado amigo da família do presidente. Para o partido, essa proximidade pode comprometer a autonomia da PF nas investigações.

Além de considerar que o chefe do governo saiu mais enfraquecido, Major Olímpio disse que a decisão do ministro do STF reforçou as dúvidas sobre os motivos que levaram o presidente a mudar o comando da PF. A demissão de Maurício Valeixo da direção-geral do órgão foi o estopim da decisão de Sergio Moro de pedir demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Moro acusou Bolsonaro de tentar interferir politicamente na PF para ter acesso a inquéritos e a relatórios de inteligência do órgão. 
 
"A determinação do Alexandre de Moraes, embora eu não concorde com a intromissão do Judiciário numa coisa que o Executivo tenha capacidade e a lei determina, mas ele gerou uma interrogação maior ainda que a interrogação que foi colocada pelo Moro, da motivação da substituição. Capacidade para mudar, como administrador e pela lei, ele [Bolsonaro] tem. O que foi questionado foi a motivação", disse Major Olímpio.

"Isso é ruim para a Polícia Federal, para o governo Bolsonaro, para o presidente , para a população. Nós não podemos perder a crença de que a Polícia Federal seja uma polícia de Estado e não uma polícia do governo. Ela não é do governo Dilma, Lula, Fernando Henrique, não. Ela é um patrimônio do povo brasileiro, uma instituição de Estado", afirmou o senador.    


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