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Estado de Minas

Bolsonaro critica 'histeria' pelo coronavírus e convida Maia e Alcolumbre para conversa

Em entrevista transmitida pela CNN Brasil, o presidente ainda disse que parlamentares devem sentir o 'clima das ruas'


postado em 15/03/2020 21:30 / atualizado em 15/03/2020 22:17

(foto: CNN Brasil/Reprodução )
(foto: CNN Brasil/Reprodução )
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) concedeu entrevista à CNN Brasil na noite deste domingo (15) e criticou o que definiu como 'histeria' causada pelo coronavírus no Brasil. Mais cedo, o chefe do Executivo foi criticado por parlamentares por aparecer em público durante protestos em Brasília. 
 
"Tivemos vírus muito mais graves que não provocaram essa histeria. Certamente tem um interesse econômico nisso. Em 2009 teve um vírus também e não chegou nem perto disso. Mas era o PT no governo aqui e os democratas nos Estados Unidos”, disse. 
 
Bolsonaro ainda criticou o cancelamento de jogos de futebol que, segundo ele, pode prejudicar a Economia. "Você cancelar jogos de futebol contribui para o histerismo. A CBF poderia pensar em vender uma carga de ingressos de acordo com a capacidade dos estádios. Porque cancelar não vai conter o vírus. A economia não pode parar. Vai gerar desemprego”.
 
O presidente aproveitou para convidar Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, e Davi Alcolumbre, presidente do Senado Federal, para conversar. "Gostaria que eles saíssem às ruas como eu", afirmou o presidente. "Saiam às ruas e vejam como vocês são recebidos. O acordo não tem que ser entre nós no ar refrigerado. Tem que ser entre nós e o povo", disse Bolsonaro.
 
A decisão do presidente Jair Bolsonaro de ir ao encontro dos manifestantes no ato pró-governo neste domingo, 15, contrariou sua equipe médica e foi reprovada até mesmo por aliados próximos. Em caráter reservado, eles criticaram a atitude de Bolsonaro, que cumprimentou apoiadores com as mãos e fez selfies com o rosto colado, atitudes contrárias às orientações dadas pelo Ministério da Saúde.
 
Fontes da área de saúde admitiram ainda que esperavam que, apesar do comportamento impulsivo do presidente, dessa vez ele seguisse o protocolo diante do avanço da pandemia no Brasil, que já registra 200 casos. "Você acha que alguém tem coragem de peitar o presidente?", disse uma fonte, sob condição de anonimato.
 
Neste domingo, subiu para onze o número de infectados no grupo que acompanhou Bolsonaro na viagem a Flórida, nos Estados Unidos na semana passada. Além dos onze brasileiros, o prefeito de Miami, Francis Suarez, que recepcionou a comitiva brasileira, também está com a covid-19.
 
Na sexta-feira, 13, médicos da Presidência orientaram que Bolsonaro, apesar de testar negativo para o coronavírus, ficasse em quarentena pelo menos até a terça-feira, 17. Nesta data, se completa sete dias da volta de Bolsonaro dos Estados Unidos ao Brasil, portanto o último contato sabido com pessoas infectadas.
 
Outros integrantes que viajaram no avião presidencial ou estiveram com Bolsonaro nos Estados Unidos confirmaram que também foram orientados a ficar em autoisolamento, mesmo com resultado negativo para o coronavírus. Assim como o presidente, eles foram informados que terão de refazer o exame.
 
Ao divulgar neste domingo que quatro integrantes da equipe de apoio do voo presidencial testaram positivo para o coronavírus, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) confirmou a orientação de quarentena mesmo para quem não está infectado.
 
"Os demais componentes (da comitiva), cujos testes apresentaram resultados negativos, continuarão no autoisolamento, cumprindo o protocolo determinado pelas autoridades sanitárias", diz a nota do GSI.
 
Com informações de Estadão Conteúdo 


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