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Estado de Minas

Com motoserra e alicate, deputado corta bloqueio em base indígena

Durante o ato, o deputado estadual Jeferson Alves (PTB-BR) homenageou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e afirmou que 'nunca mais' a passagem seria fechada


postado em 28/02/2020 17:02 / atualizado em 28/02/2020 18:11

(foto: Reprodução/ALE-RR)
(foto: Reprodução/ALE-RR)
Com uma motosserra e um alicate de pressão, o deputado estadual Jeferson Alves (PTB-BR) derrubou nesta sexta-feira o bloqueio que controla o acesso à estrada que corta a Terra Indígena Waimiri Atroari, ocupada pelo povo Kinka, que costuma fechar a passagem da BR-174, responsável por ligar Manaus (AM) a Boa Vista (Roraima). A construção da rodovia durante a ditadura militar causou uma série de violência contra os povos indígenas. 



De frente a várias câmeras e com a ajuda de alguns apoiadores, o parlamentar cortou a corrente e serrou o tronco que a sustentava. Durante o ato, ele homenageou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e afirmou que “nunca mais” a passagem seria fechada. 

“Se depender de mim, essa corrente nunca mais vai deixar meu estado isolado. Bolsonaro, isso é por Roraima, pelo Brasil. Nós estamos retirando essa corrente que humilha e maltrata meu estado, em nome da população roraimense”, disse durante o discurso. 

Entenda

A Terra Indígena Waimiri Atroari é alvo de uma batalha jurídica envolvendo a construção de um linhão de transmissão de energia, proposto pelo governo federal e barrado pela Justiça. A ideia é interligar Manaus a Boa Vista. O uso da corrente foi implementado pelo próprio Exército para proteger o meio ambiente e o território indígena. 

Além disso, os índios kinja querem impedir as expedições para facilitar a entrada de invasores e o uso ilegal dos recursos naturais.  

Resposta

O parlamentar recebeu muitas críticas após o ato e acabou tentando justificar a atitude afirmando que a retirada da corrente era uma promessa de sua campanha. De acordo com ele, o bloqueio foi tema de audiências públicas que foram realizadas nas Assembleias Legislativas de Roraima e do Amazonas.

Confira a nota:

“Promovemos uma audiência pública para debater a questão, estivemos em Manaus discutindo o tema, o assunto foi debatido exaustivamente. De lá pra cá nada mudou, não tivemos nenhuma resposta dos órgãos competentes, muito menos de representantes do Governo Federal.”
 
* A estagiária está sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.  


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